São Paulo — A presença de uma massa no fígado não significa necessariamente câncer. Especialistas apontam que hemangioma e adenoma hepatocelular, por exemplo, são tumores benignos relativamente comuns em homens e mulheres.
Tipos de tumor
Benignos
• Hemangioma: nódulo formado por vasos sanguíneos, normalmente sem sintomas.
• Hiperplasia nodular focal: relacionada a alterações no fluxo sanguíneo.
• Adenoma hepático: mais frequente em mulheres de 20 a 50 anos e associado ao uso prolongado de contraceptivos orais.
Malignos
• Carcinoma hepatocelular: câncer primário mais comum do fígado, de evolução agressiva.
• Angiossarcoma: afeta células dos vasos sanguíneos do fígado e pode surgir após exposição ao cloreto de vinil.
• Colangiocarcinoma: tem origem nas vias biliares, habitualmente entre 60 e 70 anos.
• Hepatoblastoma: raro, atinge crianças com menos de 3 anos e estimula a produção de hCG, levando à puberdade precoce.
Pessoas com gordura no fígado, cirrose ou que fazem uso de anabolizantes apresentam maior risco de desenvolver tumores malignos.
Sinais e sintomas
Tumores benignos costumam ser assintomáticos e descobertos em exames de rotina. Nos malignos, podem ocorrer:
• massa abdominal;
• dor ou desconforto no abdome;
• sangramento hepático;
• perda de peso;
• abdome distendido;
• mal-estar;
• pele e olhos amarelados.
Diagnóstico
O clínico geral ou hepatologista solicita ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para confirmar a presença da massa. Em algumas situações, é necessária biópsia. Exames de sangue raramente detectam tumores benignos, pois as funções hepáticas permanecem normais ou levemente alteradas.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Tratamento
A conduta varia conforme sintomas e gravidade. Pode incluir apenas observação, radioterapia, quimioterapia ou cirurgia para remoção do tumor ou de parte do fígado. Medicamentos são usados com cautela, já que a metabolização hepática pode estar comprometida.
Cirurgia
O procedimento exige anestesia geral e internação de alguns dias a semanas. O médico avalia se retira o tumor ou parte do órgão, ou se apenas acompanha a evolução antes de intervir.
Prognóstico
Quando diagnosticado precocemente e tratado de acordo com orientação médica, o tumor no fígado pode ter cura.
Com informações de Tua Saúde