A trombose ocorre quando um coágulo se forma dentro de uma veia ou artéria, bloqueando parcial ou totalmente a passagem do sangue. O quadro provoca dor, inchaço e alterações de cor na região afetada. A manifestação mais comum é a trombose venosa profunda (TVP) nas pernas, mas o problema também pode atingir pulmões, cérebro, coração e outros órgãos.
Principais sinais de alerta
Os sintomas variam conforme o local obstruído. Entre os mais relatados estão inchaço em perna, braço ou mão; dor intensa na panturrilha, coxa, tórax ou costas; pele avermelhada ou arroxeada; falta de ar; taquicardia; formigamento ou perda de força em um lado do corpo; e confusão mental.
Como o diagnóstico é confirmado
Clínico geral, angiologista ou cirurgião vascular avaliam queixas, histórico e exame físico. Hemograma, dosagem de dímero-D e exames de imagem, como ultrassom ou tomografia, ajudam a identificar o coágulo.
Diferentes apresentações da doença
Os tipos de trombose mais descritos são:
1. Venosa profunda (TVP) – afeta principalmente veias das pernas.
2. Pulmonar – coágulo migra para vasos do pulmão, quadro potencialmente fatal.
3. Cerebral – bloqueio em artérias do cérebro, podendo causar AVC.
4. Coronariana – formação de trombo nas artérias do coração, levando a infarto.
5. Renal – compromete a filtração sanguínea nos rins.
6. Intestinal – interrompe irrigação do intestino, resultando em infarto intestinal.
7. Hemorroidária – trombo em veia hemorroidal com dor anal intensa.
8. Na gravidez – alterações hormonais e compressão uterina favorecem coágulos nas pernas.
9. Placentária – reduz fluxo para o feto e eleva risco de aborto ou parto prematuro.
10. Relacionada a anticoncepcional – estrogênio aumenta fatores de coagulação.
11. Tromboflebite – inflamação de veia superficial acompanhada de trombo.
Fatores que aumentam o risco
Histórico familiar, diabetes, obesidade, gravidez, colesterol alto, distúrbios de coagulação, tabagismo, imobilização prolongada, doenças cardíacas, pulmonares ou inflamatórias intestinais e uso de estrogênio estão entre as principais causas.
Opções de tratamento
Medicação: anticoagulantes orais (varfarina, rivaroxabana) ou injetáveis (heparina, enoxaparina), antiagregantes plaquetários (AAS) e estatinas. Em emergências, trombolíticos como alteplase podem ser necessários.
Procedimentos: em casos selecionados, cateter com medicamento para dissolver o coágulo, trombectomia por aspiração ou angioplastia com balão restauram o fluxo.

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Cuidados diários: uso de meias de compressão e evitar longos períodos sentado ajudam a prevenir novos trombos.
Medidas de prevenção
Alimentação equilibrada, hidratação adequada, atividade física regular e mudança de posição a cada duas horas para pessoas acamadas ou em viagens prolongadas reduzem o risco. Quem possui varizes ou problemas circulatórios deve usar meias elásticas.
Complicações possíveis
Sem tratamento adequado, a trombose pode evoluir para hipertensão pulmonar, hemorragia intracraniana, AVC, infarto, isquemia, gangrena ou síndrome pós-trombótica nas pernas.
Ao identificar sintomas suspeitos, a orientação é procurar atendimento de urgência para iniciar o tratamento e evitar consequências graves.
Com informações de Tua Saúde