A presença de líquido nos pulmões, quadro conhecido como edema pulmonar ou “água no pulmão”, exige atendimento de urgência em ambiente hospitalar. Especialistas apontam três frentes de tratamento que, aplicadas de forma combinada, aumentam as chances de recuperação do paciente.
Oxigenoterapia é primeira medida
Quando o pulmão fica preenchido por líquido, a troca de gases se torna insuficiente. Para contornar o problema, a equipe médica inicia a oxigenoterapia — administração de oxigênio por cateter nasal ou máscara facial. O objetivo é manter a saturação adequada, empurrar o excesso de fluido de volta à circulação sanguínea e corrigir a acidose respiratória provocada pela elevação do gás carbônico.
Uso de medicamentos varia conforme a causa
Logo após estabilizar a oxigenação, são aplicados medicamentos intravenosos destinados a reduzir o acúmulo de líquido ou controlar a pressão nos vasos pulmonares. Entre as opções mais utilizadas estão:
• Diuréticos: furosemida diminui o volume de fluido nos alvéolos.
• Vasodilatadores: nitroglicerina ajuda a regular a pressão arterial e aliviar a congestão.
• Bloqueadores de canais de cálcio: nifedipina pode ser indicada quando o edema está associado a grandes altitudes.
• Inotrópicos: dobutamina ou dopamina são empregados se houver queda de pressão e baixa oxigenação tecidual.
• Opioides: morfina pode ser administrada para analgesia em casos ligados a síndrome coronariana.
A seleção do fármaco depende da origem do edema, que costuma estar relacionada a insuficiência cardíaca não tratada, alterações neurológicas ou infecções pulmonares.
Fisioterapia respiratória auxilia na recuperação
Depois que o quadro agudo é revertido, o pneumologista pode prescrever sessões de fisioterapia respiratória. Os exercícios, conduzidos por fisioterapeuta duas vezes por semana ou conforme necessidade, têm a finalidade de restaurar a capacidade expansiva dos pulmões e fortalecer a musculatura inspiratória.

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Cura e riscos de complicação
O edema pulmonar é reversível se o atendimento for iniciado rapidamente e a causa de base identificada. Melhora na respiração, elevação da saturação de oxigênio e redução da dor torácica costumam aparecer nas primeiras horas de tratamento. Sem intervenção, porém, o quadro pode evoluir para sensação de afogamento, cianose, síncope e, nos casos extremos, parada respiratória.
Prevenção de novos episódios
Após estabilização, o médico avalia medidas de longo prazo para evitar recidivas. Caso o problema seja de origem cardíaca, por exemplo, podem ser prescritos vasodilatadores como nitroglicerina ou agentes antipertensivos, a exemplo do captopril, para reduzir a sobrecarga no coração e impedir o retorno do líquido aos pulmões.
Quando a doença de base ainda não foi diagnosticada, o paciente é encaminhado ao especialista responsável, como cardiologista ou neurologista, para tratamento definitivo.
Com informações de Tua Saúde