A hepatite, inflamação que compromete o funcionamento do fígado, apresenta 11 variações identificadas por médicos e órgãos de saúde: A, B, C, D, E, G, autoimune, medicamentosa, crônica, alcoólica e fulminante. Embora cada uma tenha características próprias, todas exigem atenção médica imediata para diagnóstico e tratamento adequados.
Hepatite A
Sintomas: na maioria das vezes não há sinais claros; quando surgem, incluem cansaço, cefaleia, perda de apetite, dor abdominal, urina escura e fezes claras.
Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes de pessoas infectadas.
Conduta: analgésicos e antieméticos para controle dos sintomas, hidratação e repouso.
Hepatite B
Sintomas: muitas vezes assintomática; nos casos clínicos, podem aparecer náuseas, febre baixa, icterícia, dores articulares e abdominais.
Transmissão: contato com sangue ou secreções contaminadas, transfusões, compartilhamento de agulhas e relações sexuais sem preservativo.
Conduta: repouso, suspensão de álcool, hidratação e uso de antivirais ou imunomoduladores, como interferon e lamivudina.
Hepatite C
Sintomas: geralmente inexistentes; quando aparecem, incluem icterícia, urina escura, dor abdominal, febre leve, fadiga e perda de apetite até 45 dias após o contágio.
Transmissão: sangue contaminado durante parto, sexo desprotegido ou compartilhamento de instrumentos perfurocortantes.
Conduta: antivirais como interferon, daclatasvir e sofosbuvir por cerca de seis meses.
Hepatite D (Delta)
Sintomas: podem surgir de duas a sete semanas após a infecção, com febre, dor abdominal, hematomas fáceis e urina escura.
Transmissão: contato direto com sangue ou secreções, relações sexuais sem proteção, uso compartilhado de agulhas.
Conduta: interferon semanal por pelo menos um ano; em caso de progressão para cirrose, considera-se transplante hepático.
Hepatite E
Sintomas: normalmente ausentes, sobretudo em crianças; quando presentes, manifestam fadiga, perda de apetite, prurido, icterícia e dor abdominal. Gestantes e imunossuprimidos podem evoluir com quadros graves.
Transmissão: consumo de água ou alimentos contaminados por urina ou fezes infectadas.
Conduta: repouso, hidratação, alimentação equilibrada e abstinência de álcool; em casos crônicos, uso de ribavirina ou peginterferon.
Hepatite G
Sintomas: raramente observados; eventual icterícia.
Transmissão: contato com sangue contaminado, relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas ou transfusão.
Conduta: não há protocolo terapêutico definido; acompanhamento com hepatologista é indicado.
Hepatite autoimune
Sintomas: prurido, dor abdominal, icterícia e náuseas decorrentes de ataque do sistema imunológico às células hepáticas.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Origem: predisposição genética associada a fatores ambientais, uso de medicamentos ou exposição a vírus.
Conduta: corticoides (prednisona, budesonida) e imunossupressores como azatioprina, ciclosporina A ou tacrolimo.
Hepatite medicamentosa
Sintomas: vômitos, náuseas, dor abdominal, urina escura e fezes claras.
Origem: uso inadequado, excesso ou hipersensibilidade a medicamentos que sobrecarregam o fígado.
Conduta: suspensão ou substituição do fármaco, além de corticoides até normalização dos exames hepáticos.
Hepatite crônica
Sintomas: fadiga, dores articulares, febre, mal-estar, distensão abdominal, perda de apetite e icterícia.
Origem: infecção prolongada pelos vírus B, C ou D, consumo excessivo de álcool ou doenças autoimunes por mais de seis meses.
Conduta: tratamento com corticoides em uso contínuo ou indicação de transplante conforme a gravidade das lesões.
Hepatite alcoólica
Sintomas: dor abdominal, perda de peso sem causa aparente, distensão abdominal e icterícia.
Origem: consumo prolongado e excessivo de bebidas alcoólicas.
Conduta: interrupção do álcool, dieta balanceada, corticoides e, se necessário, transplante de fígado.
Hepatite fulminante
Sintomas: urina escura, hemorragias, prurido, febre e icterícia. Casos graves podem evoluir para encefalopatia hepática, com alterações de comportamento, distúrbios do sono, desorientação e até coma.
Origem: infecções pelos vírus A ou B, doenças autoimunes ou uso de determinados medicamentos.
Conduta: internação hospitalar com medicamentos desintoxicantes, diálise quando indicada e possibilidade de transplante devido à rápida perda da função hepática.
Diagnóstico geral
Clínico geral, infectologista ou hepatologista avaliam sintomas e histórico do paciente, solicitando exames laboratoriais (TGO, TGP, bilirrubina, LDH) e de imagem, como ultrassonografia abdominal e tomografia, para confirmar a inflamação e definir o tratamento.
Em qualquer suspeita de hepatite, a orientação é procurar atendimento médico sem demora para evitar complicações.
Com informações de Tua Saúde