A Tinea cruris, também conhecida como micose da virilha, provoca placas avermelhadas de forte coceira na região inguinal e pubiana. O problema afeta com maior frequência homens que utilizam roupas quentes, suam em excesso ou mantêm higiene inadequada.
Principais sintomas
Os sinais mais comuns incluem manchas vermelhas, roxas, cinzas ou brancas, lesões elevadas e descamativas, sensação de queimação, picadas e, em alguns casos, formação de bolhas. Além da virilha, o fungo pode atingir nádegas, períneo, área perianal e parte inferior do abdômen, podendo evoluir para infecção bacteriana secundária.
Diagnóstico
Dermatologistas confirmam o quadro a partir da avaliação clínica, histórico do paciente e, se necessário, exames como biópsia, raspado para cultura fúngica ou teste com hidróxido de potássio (KOH). A investigação é importante para diferenciar a doença de condições com sintomas semelhantes, como psoríase inversa, dermatite seborreica e candidíase inguinal.
Causas e fatores de risco
Os fungos Trichophyton rubrum e Trichophyton mentagrophytes respondem pela maioria dos casos, embora espécies dos gêneros Epidermophyton e Microsporum também possam estar envolvidas. Clima quente e úmido, hiperidrose, diabetes, obesidade, má circulação, uso de esteroides tópicos e sistema imunológico comprometido aumentam a probabilidade de desenvolvimento da micose.
Formas de tratamento
1. Antifúngicos orais: terbinafina ou itraconazol por um a quatro semanas são indicados para quadros extensos, crônicos, recorrentes ou em pacientes imunossuprimidos. Antibióticos complementam a terapia quando há infecção bacteriana secundária.
2. Pomadas antifúngicas: miconazol, clotrimazol, terbinafina, sulconazol, cetoconazol ou itraconazol devem ser aplicados duas vezes ao dia, durante 15 a 30 dias, em casos leves a moderados.

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3. Autocuidados: manter a região limpa, seca e fresca; secar bem após banho ou atividade física; usar roupas íntimas folgadas de algodão ou tecidos que afastem a umidade; evitar permanecer com peças úmidas; lavar roupas e toalhas em água quente; não compartilhar objetos pessoais; aplicar pó secante ou antifúngico após o banho e evitar coçar as lesões.
Associar medicação prescrita e medidas de higiene acelera a recuperação e reduz o risco de novas infecções.
Com informações de Tua Saúde