Tétano: sintomas, contágio, tratamento e formas de prevenção

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O que é

O tétano é uma infecção provocada pela bactéria Clostridium tetani, microrganismo presente no solo, na poeira e nas fezes de animais. Os esporos da bactéria entram no corpo por meio de ferimentos ou queimaduras e liberam toxinas que afetam o sistema nervoso.

Principais sintomas

Os primeiros sinais costumam aparecer entre 2 e 28 dias após a exposição. Entre os sintomas mais frequentes estão:

  • Espasmos musculares;
  • Rigidez nos músculos do pescoço;
  • Febre abaixo de 38 °C;
  • Trismo (dificuldade de abrir a boca);
  • Dor intensa e enrijecimento abdominal;
  • Dificuldade para engolir;
  • Dor de cabeça.

Também podem ocorrer suor excessivo, arqueamento das costas, taquicardia e convulsões. Sem tratamento, a infecção progride e pode levar à insuficiência respiratória.

Como o tétano é transmitido

A doença surge após o contato de feridas com esporos da bactéria. Objetos perfurantes (pregos, agulhas, pregos enferrujados), arranhões, mordidas de animais, queimaduras, tatuagens e piercings mal executados estão entre os fatores de risco. Outras situações incluem:

  • Cortes superficiais contaminados;
  • Contato da ferida com saliva ou fezes de animais;
  • Feridas crônicas, úlceras em pés diabéticos e fraturas expostas;
  • Compartilhamento de agulhas e injeções intramusculares;
  • Aborto séptico ou infecção uterina após aborto;
  • Infecções dentárias e procedimentos cirúrgicos sem esterilização adequada.

Em recém-nascidos, o tétano pode ocorrer se o cordão umbilical for cortado com instrumentos contaminados e se a mãe não estiver imunizada.

Diagnóstico

O infectologista ou clínico geral avalia sinais, sintomas, histórico de vacinação e circunstâncias do ferimento. Exames laboratoriais (hemograma e culturas) e de imagem, como radiografia de tórax e coluna, auxiliam no controle de complicações e na exclusão de outras doenças.

Tratamento

O atendimento deve ser iniciado rapidamente. As medidas incluem:

  • Vacina antitetânica para estimular a imunidade;
  • Soro ou imunoglobulina antitetânica para neutralizar toxinas;
  • Antibióticos;
  • Relaxantes musculares;
  • Limpeza e desbridamento da ferida.

Possíveis complicações

Entre as complicações estão paralisia das cordas vocais, insuficiência respiratória, pneumonia por aspiração, hipertensão, fraturas ósseas, retenção urinária, asfixia e coma.

Prevenção

A principal forma de prevenção é a vacinação. O calendário nacional prevê doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, reforços entre 15 e 18 meses, dos 4 aos 5 anos e entre 9 e 10 anos. Após esse esquema, recomenda-se reforço a cada 10 anos. Cuidados adicionais incluem lavar e cobrir ferimentos, manter as mãos limpas e não compartilhar materiais perfurocortantes.

Com informações de Tua Saúde

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