Teste DNA-HPV passa a orientar rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil

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Brasília – O exame molecular DNA-HPV, capaz de localizar o material genético do papilomavírus humano, foi incorporado pelo Ministério da Saúde como método de rastreamento do câncer de colo do útero para mulheres de 25 a 64 anos.

Quem deve fazer

De acordo com as diretrizes nacionais, mulheres sem diagnóstico prévio de HPV devem realizar o teste a cada cinco anos. Para pacientes com HIV/aids ou outra condição de imunodepressão, o intervalo cai para três anos após resultado negativo.

Por que o teste é importante

Ao detectar o vírus antes do surgimento de lesões, o DNA-HPV:

  • identifica precocemente riscos de câncer;
  • aponta lesões pré-cancerígenas, aumentando as chances de cura;
  • reduz a incidência e a mortalidade associadas à doença;
  • informa o subtipo viral, o que auxilia na escolha do tratamento.

No Sistema Único de Saúde, o método substituirá gradualmente o papanicolau, que seguirá como exame confirmatório quando o resultado for positivo.

Preparo antes da coleta

Para garantir a qualidade da amostra, são recomendadas algumas medidas:

  • não usar creme vaginal nas 24 horas anteriores;
  • abster-se de relações sexuais nos três dias que antecedem o teste;
  • evitar a coleta durante o fluxo menstrual mais intenso;
  • em mulheres na pós-menopausa ou homens trans em terapia hormonal com atrofia genital, pode ser prescrito creme de estriol por 14 noites antes do exame.

Como é realizado

O procedimento ocorre em consultório:

  1. A paciente é posicionada em mesa ginecológica;
  2. profissional de saúde introduz espátula ou escova no canal vaginal;
  3. o material do colo uterino é coletado e colocado em meio conservante;
  4. a amostra segue para análise laboratorial.

Não há necessidade de anestesia e o processo dura poucos minutos.

Autocoleta

Para populações com barreiras de acesso – como mulheres em situação de rua, privadas de liberdade, refugiadas, apátridas, ciganas e pessoas LGBTQIAPN+ – o ministério prepara a distribuição de kits para coleta domiciliar.

Interpretação dos resultados

  • Não detectado: nenhum DNA de HPV de alto risco foi identificado;
  • Detectado: vírus presente, exigindo investigação adicional com papanicolau ou colposcopia;
  • Insatisfatório ou inconclusivo: nova coleta é solicitada devido a problemas na amostra ou no processamento.

Quando positivo, o mesmo material pode ser usado para citologia ou a paciente pode ser encaminhada diretamente à colposcopia, conforme avaliação médica.

Com a adoção do DNA-HPV, o país segue recomendação da Organização Mundial da Saúde que aponta o teste molecular como primeira escolha para prevenir o câncer de colo do útero.

Com informações de Tua Saúde

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