Soluço persistente pode apontar de excesso de gases a complicações neurológicas

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Soluços que se repetem várias vezes ao dia e se prolongam por mais de 48 horas deixam de ser considerados inofensivos e passam a exigir avaliação médica. Especialistas lembram que o sintoma, embora geralmente passageiro, pode sinalizar desde simples distensão gástrica até doenças no sistema nervoso.

Principais fatores associados

Bebidas gaseificadas: refrigerantes, água com gás ou cerveja elevam a quantidade de dióxido de carbono no estômago. A dilatação irrita nervos que controlam o diafragma, desencadeando o reflexo do soluço.

Alimentos formadores de gases: consumo frequente de repolho, brócolis, feijão, ervilha ou arroz integral também aumenta o volume de ar no trato digestivo e favorece os espasmos. Pratos muito apimentados ou condimentados podem intensificar o problema.

Aerofagia: engolir ar ao comer depressa, mascar chiclete ou falar enquanto se alimenta provoca distensão abdominal e pode manter o soluço.

Distúrbios gastrointestinais: esofagite de refluxo e doença do refluxo gastroesofágico irritam o esôfago, geram contrações no diafragma e costumam vir acompanhadas de azia, queimação e regurgitação.

Alterações respiratórias: pneumonia ou queda dos níveis de dióxido de carbono após esforço físico intenso podem deflagrar episódios prolongados.

Doenças neurológicas: traumatismo ou tumor cerebral, meningite, encefalite, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla e diabetes descompensada figuram entre as condições que interferem no controle dos músculos respiratórios.

Pós-operatório abdominal ou torácico: intervenções cirúrgicas nessa região podem irritar o diafragma e prolongar o sintoma.

Medidas de alívio imediato

Prender a respiração, soprar, beber água gelada ou respirar dentro de um saco de papel elevam a concentração de CO2 no sangue e, em muitos casos, cessam o soluço. Evitar bebidas gaseificadas, reduzir alimentos que produzem gases, comer devagar e não falar enquanto mastiga também ajudam.

Quando procurar o médico

Persistência superior a dois dias, interferência na alimentação ou no sono e ocorrência em bebês por mais de 24 horas justificam consulta com clínico geral, gastroenterologista, pneumologista, neurologista ou pediatra, conforme o caso. Medicamentos como omeprazol, baclofeno, clorpromazina ou metoclopramida podem ser prescritos, e, em situações raras, anestésico no nervo frênico é indicado.

Nos bebês, soluços são frequentes devido ao desenvolvimento dos músculos torácicos e à entrada de ar durante a amamentação. Colocar a criança em posição vertical e esperar o arroto costuma resolver. Persistência ou prejuízo à mamada exige avaliação pediátrica.

Com informações de Tua Saúde

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