O selênio é um micronutriente indispensável ao funcionamento do organismo. Presente em solo e água, o mineral atua diretamente na atividade da tireoide, possui efeito antioxidante, fortalece o sistema imunológico e contribui para a fertilidade masculina.
Principais funções
Tireoide: a glândula concentra a maior quantidade de selênio no corpo. O elemento colabora para a conversão hormonal de T4 em T3, processo fundamental para o equilíbrio metabólico.
Ação antioxidante: o mineral combate radicais livres, reduzindo estresse oxidativo e envelhecimento precoce.
Defesa imunológica: níveis adequados favorecem a formação e a atividade de células de defesa, protegendo contra infecções.
Fertilidade masculina: o selênio participa do desenvolvimento normal dos espermatozoides.
Funções neurológicas: a substância ajuda a proteger células cerebrais contra danos associados a Alzheimer, Parkinson e declínio cognitivo.
Metais pesados: há evidências de que o mineral pode atenuar efeitos tóxicos de chumbo, cádmio, arsênio e mercúrio.
Doenças cardiovasculares: por reduzir inflamação e oxidação lipídica, o selênio pode diminuir o risco de problemas cardíacos.
Dermatologia: na forma de sulfeto, é usado em xampus anticaspa e loções para tratar pano branco.
Câncer: estudos apontam possível redução de risco, mas as evidências ainda são limitadas.
Fontes alimentares
Castanha-do-pará, carne bovina, peixes, frutos do mar, ovos e pão francês concentram boas doses do mineral. Aves, cereais integrais, feijão preto, queijos e sementes também contribuem para a ingestão diária.

Imagem: Internet
Recomendações de consumo
A ingestão diária indicada varia conforme a idade:
- Bebês 0–6 meses: 15 mcg
- Bebês 7 meses–3 anos: 20 mcg
- Crianças 4–8 anos: 30 mcg
- Jovens 9–13 anos: 40 mcg
- A partir de 14 anos: 55 mcg
- Gestantes: 60 mcg
- Lactantes: 70 mcg
Uma alimentação variada costuma suprir essas necessidades.
Exames e níveis ideais
A avaliação pode ser feita por amostras de sangue, urina, cabelo ou unhas. No Brasil, valores séricos entre 46 µg/L e 143 µg/L são considerados normais.
Deficiência e excesso
Deficiência: dieta pobre, doença de Crohn, HIV, diálise ou idade avançada podem levar à queda dos níveis, provocando cansaço, queda de cabelo, hipotireoidismo e problemas cardíacos.
Excesso: ingestão elevada pode causar selenose, com perda de unhas e cabelos, hálito com odor de alho, náusea, diarreia, fadiga, irritabilidade e, em casos extremos, comprometimento renal e cardíaco.
Suplementação
Cápsulas contendo selenometionina, selenocisteína, selenito ou selenato de sódio são recomendadas apenas após avaliação médica ou de nutricionista, especialmente para portadores de doença de Crohn, HIV, pacientes em nutrição parenteral total ou diagnosticados com condições como doença de Keshan ou Kashin-Beck.
A forma quelada, que liga o mineral a aminoácido para facilitar a absorção, também requer prescrição profissional.
Manter uma dieta equilibrada continua sendo a maneira mais segura de atingir as quantidades diárias recomendadas e evitar tanto a deficiência quanto o excesso de selênio.
Com informações de Tua Saúde