Uso de antidepressivos, anti-hipertensivos e outros medicamentos pode diminuir a libido

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Diversos remédios empregados em tratamentos de rotina, de antidepressivos a anti-histamínicos, podem reduzir o desejo sexual em homens e mulheres. A conclusão faz parte de atualização publicada em 5 de setembro de 2025, que detalha como essas substâncias interferem em hormônios, neurotransmissores ou na circulação sanguínea da região íntima.

Principais grupos afetados

Antidepressivos – Clomipramina, escitalopram, fluoxetina, sertralina e paroxetina alteram níveis de serotonina, dopamina ou acetilcolina, podendo gerar queda da libido, dificuldade de orgasmo, impotência ou lubrificação reduzida.

Anti-hipertensivos – Beta-bloqueadores como propranolol, atenolol, carvedilol, metoprolol e nebivolol podem impactar o centro cerebral do desejo sexual e reduzir o fluxo sanguíneo genital, provocando disfunção erétil, ejaculação anormal, secura vaginal ou anorgasmia.

Diuréticos – Furosemida, hidroclorotiazida, indapamida e espironolactona, indicados para hipertensão ou insuficiência cardíaca, também comprometem a irrigação da área íntima e dificultam a ereção.

Anticoncepcionais hormonais – Pílulas combinadas, implantes, injeções e DIU com hormônio podem alterar a concentração de estrogênio e progesterona, resultando em ressecamento vaginal ou queda do desejo.

Antipsicóticos – Fármacos como risperidona, clorpromazina e periciazina bloqueiam dopamina e elevam prolactina, afetando ovulação, menstruação e produção de testosterona. Os efeitos incluem redução da libido, secura vaginal, ejaculação retardada ou disfunção erétil.

Antidiabéticos – A metformina, usada no controle da glicemia, pode baixar os níveis de testosterona e, consequentemente, o interesse sexual.

Medicamentos para próstata e calvície – Acetato de gosserrelina, bicalutamida, flutamida, finasterida e dutasterida diminuem a testosterona, podendo causar perda de libido, impotência e sensibilidade mamária.

Anti-histamínicos – Difenidramina, loratadina, clorfeniramina e cimetidina bloqueiam histamina, substância que também participa da resposta sexual, o que pode prejudicar ereção e desejo.

Opioides – Hidrocodona, oxicodona, metadona e morfina, quando usados por períodos prolongados, estão associados à redução dos hormônios sexuais e à disfunção erétil.

Orientação médica

Especialistas alertam que o paciente não deve suspender o tratamento por conta própria. Ao identificar queda de libido, a recomendação é procurar o profissional que prescreveu o medicamento para avaliar a troca da substância ou ajuste de dose.

Nos casos em que a causa não esteja ligada a fármacos, psicoterapia e investigação clínica ajudam a traçar estratégias para restaurar o desejo.

Com informações de Tua Saúde

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