A púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) é uma condição hematológica incomum caracterizada pela formação de pequenos coágulos nos vasos sanguíneos, o que reduz o fluxo de sangue para órgãos vitais como rins, cérebro e coração.
Principais sinais e complicações
Entre os sintomas mais frequentes estão hematomas sem causa aparente, manchas roxas ou avermelhadas, sangramento nasal ou gengival, cansaço extremo, falta de ar, dor abdominal, dor de cabeça, confusão mental, vertigem, convulsões, febre, calafrios, taquicardia e comprometimento renal. Quando os trombos bloqueiam a circulação cerebral ou renal, podem ocorrer acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência dos rins.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico parte da avaliação clínica e de um hemograma que revela anemia e queda acentuada no número de plaquetas (trombocitopenia). O médico pode solicitar ainda esfregaço sanguíneo, tempo de sangramento, dosagem de bilirrubina, urina, testes de função renal, creatinina, lactato desidrogenase e pesquisa de anticorpos contra a enzima ADAMTS13, comumente ausente ou reduzida nos pacientes.
Causas e fatores de risco
A doença pode resultar de deficiência hereditária ou alteração genética da enzima ADAMTS13. Outros fatores associados incluem uso de imunossupressores, quimioterápicos, antiplaquetários, anticoncepcionais com estrogênio, gravidez, doenças autoimunes como lúpus, infecções como HIV e transplante de medula óssea.
Opções de tratamento
Por se tratar de emergência médica, o tratamento deve começar o quanto antes.
Plasmaférese: procedimento inicial que filtra o sangue para remover anticorpos responsáveis pela formação de trombos; quando não é possível realizá-la de imediato, transfusão de plasma pode ser empregada temporariamente.

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Medicamentos: corticoides em altas doses, anticorpos monoclonais (rituximabe ou caplacizumabe) e imunossupressores como ciclofosfamida, vincristina ou ciclosporina são indicados conforme a resposta do paciente.
Cirurgia: em situações graves, a remoção do baço (esplenectomia) pode aumentar a contagem de plaquetas, já que o órgão atua na sua destruição.
Especialistas ressaltam que a identificação precoce dos sintomas e o início rápido do tratamento são essenciais para reduzir o risco de complicações fatais.
Com informações de Tua Saúde