Psoríase não pega de pessoa para pessoa e exige acompanhamento dermatológico

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A psoríase é uma enfermidade inflamatória crônica da pele, de caráter autoimune, que não é contagiosa. Placas ou manchas vermelhas, descamação semelhante à caspa, coceira, sensação de queimação, ressecamento e rachaduras estão entre os sintomas mais comuns. As lesões costumam aparecer em braços, cotovelos, mãos, pernas, couro cabeludo e região lombar, mas podem atingir outras áreas do corpo.

O que provoca a doença

A causa exata ainda não foi definida, porém estudos indicam influência de fatores genéticos e ambientais. Situações de estresse, traumas na pele (cortes, pancadas, queimaduras solares, picadas de inseto), tabagismo, consumo excessivo de álcool, algumas infecções virais ou bacterianas e o uso de medicamentos como antimaláricos, lítio e betabloqueadores podem desencadear ou agravar crises. Mais de 50% dos portadores relatam histórico familiar.

Duração e ciclo dos sintomas

As manifestações são cíclicas: podem persistir por semanas ou meses, desaparecer espontaneamente e retornar, sobretudo em períodos de maior tensão emocional.

Diagnóstico

O reconhecimento é clínico, realizado por dermatologista a partir da avaliação das lesões, tempo de duração, histórico de saúde e exame de pele, unhas e couro cabeludo. Para descartar doenças com sinais semelhantes, o médico pode solicitar exames de sangue, testes de função renal e hepática, ácido úrico, fator reumatoide, sorologia para hepatite e biópsia de pele.

Principais tipos de psoríase

Psoríase vulgar (em placas): forma mais frequente, com placas vermelhas cobertas por escamas brancas ou prateadas.

Psoríase gutata: lesões pequenas em forma de gota, comuns em crianças e jovens, geralmente após infecção por Streptococcus.

Psoríase pustulosa: bolhas com pus associadas às manchas; na forma generalizada pode causar febre alta.

Psoríase invertida: surge em áreas úmidas como axilas e virilhas, sem descamação evidente.

Psoríase ungueal: atinge as unhas, provocando ondulações, manchas e fragilidade.

Psoríase capilar: afeta o couro cabeludo, podendo levar à queda de cabelo e avançar para o rosto e pescoço.

Psoríase genital: envolve púbis, coxas, nádegas, ânus, pênis ou vulva, com coceira intensa.

Psoríase palmoplantar: acomete palmas das mãos e plantas dos pés, causando dor e rachaduras.

Artrite psoriática: inflama articulações, sobretudo dedos, quadris, coluna ou joelhos.

Psoríase eritrodérmica: atinge cerca de 90% da superfície corporal, com coceira intensa, dor ou inchaço.

Tratamento

Não há cura definitiva, mas os sintomas podem ser controlados. O tratamento, definido pelo dermatologista, inclui:

  • Medicamentos: corticoides, imunossupressores ou agentes biológicos (hidrocortisona, tacrolimo, metotrexato, ciclosporina, risanquizumabe, adalimumabe), em comprimidos, injeções ou pomadas.
  • Fototerapia: aplicação de luz ultravioleta B para potencializar o efeito anti-inflamatório.
  • Dieta anti-inflamatória: alimentos que reduzem inflamação ajudam a diminuir gravidade das lesões e frequência das crises.

Receitas caseiras, como uso de agrião, podem ser adotadas apenas com orientação médica para evitar reações adversas.

Com manejo adequado, o tratamento alivia desconfortos, evita surtos e melhora a qualidade de vida do paciente.

Com informações de Tua Saúde

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