Pressão alta: como reconhecer, confirmar o diagnóstico e controlar a hipertensão

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A hipertensão arterial é considerada quando a pressão medida em consultório atinge ou ultrapassa 140 x 90 mmHg em adultos. Em ambiente domiciliar, valores acima de 130 x 80 mmHg já servem de alerta. Embora costume evoluir sem sintomas, o quadro pode provocar dor de cabeça, tontura, visão embaçada ou falta de ar em situações mais graves.

Diagnóstico exige mais de uma aferição

Segundo recomendação médica, a confirmação de hipertensão deve ser feita em pelo menos duas consultas, separadas por dias ou semanas. A aferição precisa ser realizada por profissional capacitado para evitar erros de leitura. Em alguns casos, o médico solicita medições adicionais em casa ou na farmácia, com o objetivo de descartar o chamado “efeito do jaleco branco”.

Classificação dos níveis pressóricos

De acordo com as diretrizes brasileiras, a pressão arterial em consultório é classificada da seguinte forma:

  • Ótima: até 120 x 80 mmHg
  • Pré-hipertensão: 120–139 x 80–89 mmHg
  • Hipertensão estágio 1: 140–159 x 90–99 mmHg
  • Hipertensão estágio 2: 160–179 x 100–109 mmHg
  • Hipertensão estágio 3: ≥ 180 x 110 mmHg

Principais sintomas

  • Enjoo ou vômito
  • Tontura e perda de equilíbrio
  • Dor de cabeça
  • Sonolência ou confusão
  • Visão turva
  • Dificuldade para respirar
  • Formigamento em partes do corpo

Apesar dessa lista, a doença costuma permanecer silenciosa por anos, o que reforça a necessidade de medições periódicas e check-ups de duas a três vezes ao ano.

Causas mais frequentes

A hipertensão primária, ou essencial, aparece gradualmente e não está ligada a outra condição específica. Entre os fatores associados estão histórico familiar, excesso de sódio, sobrepeso, sedentarismo, consumo elevado de álcool e envelhecimento.

A forma secundária, menos comum, pode resultar de doenças renais, estreitamento de artérias, distúrbios hormonais, uso de anti-inflamatórios ou corticoides e apneia obstrutiva do sono.

Quando o aumento é considerado esperado

Elevações passageiras da pressão podem ocorrer durante exercício físico, situações de estresse, ingestão de café ou episódios de dor. A pressão deve retornar aos níveis habituais pouco depois do estímulo.

Opções de tratamento

A abordagem varia conforme o estágio da hipertensão:

  • Medidas de estilo de vida – redução do sal, perda de peso, alimentação equilibrada, prática de atividades aeróbicas por ao menos 30 min, três a cinco vezes por semana, e moderação no álcool.
  • Medicamentos anti-hipertensivos – diuréticos (hidroclorotiazida, clortalidona), inibidores da ECA (captopril, enalapril), bloqueadores dos receptores de angiotensina (losartana, valsartana), beta-bloqueadores (propranolol, atenolol), bloqueadores de canais de cálcio (amlodipina, nifedipina) e vasodilatadores (minoxidil, hidralazina). O tratamento pode combinar mais de uma classe farmacológica.
  • Dieta específica – ênfase em frutas, verduras, cereais integrais e proteínas magras, evitando alimentos ultraprocessados ricos em sódio, açúcar e gordura.
  • Recursos complementares – chás de alho, folhas de oliveira ou valeriana podem ser utilizados, desde que com conhecimento do médico.

Hipertensão gestacional requer cuidado redobrado

Durante a gravidez, o aumento persistente da pressão pode levar à pré-eclâmpsia, quadro que ameaça a saúde da mãe e do bebê. O acompanhamento obstétrico, associado a medicamentos específicos e ajustes na dieta, é fundamental para reduzir riscos de prematuridade e outras complicações.

Complicações possíveis

Sem controle adequado, a pressão alta favorece doenças cardíacas (insuficiência, arritmias, angina ou infarto), acidentes vasculares cerebrais, déficits cognitivos e lesões nos rins que podem evoluir para insuficiência renal.

Prevenção

A adoção de hábitos saudáveis, manutenção do peso adequado, prática regular de exercícios, moderação no álcool e abandono do tabagismo são as principais estratégias para evitar ou retardar o aparecimento da hipertensão.

Monitorar os valores de pressão pelo menos duas vezes ao ano e realizar acompanhamento médico anual ajudam a detectar precocemente qualquer alteração.

Com informações de Tua Saúde

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