Nanopartículas e íons de prata suspensos em solução, conhecidos como prata coloidal, vêm sendo ofertados no Brasil em concentrações de 10 ppm a 40 ppm para complementar o tratamento de feridas, pequenas queimaduras e infecções cutâneas. Dermatologistas e clínicos gerais, porém, reforçam que o produto só deve ser aplicado sob orientação médica devido aos possíveis efeitos adversos, principalmente quando ingerido.
Principais usos autorizados
Segundo especialistas, a indicação atual limita-se ao auxílio cicatrizante e antimicrobiano em:
- feridas abertas;
- queimaduras de pequena extensão;
- infecções superficiais da pele.
Sprays ou soluções podem ser aplicados até três vezes ao dia, conforme prescrição.
Benefícios apontados
Estudos citados pela comunidade médica indicam três possíveis vantagens:
- redução de bactérias e fungos na região tratada;
- aceleração do processo de cicatrização;
- controle da acne, graças às propriedades antimicrobianas.
Apesar disso, não há comprovação científica de eficácia contra doenças sistêmicas, como HIV ou COVID-19, nem de estímulo ao sistema imunológico.
Ingestão não é recomendada
Não existem dados suficientes sobre dose segura, eficácia ou período de uso por via oral. A ingestão pode provocar intoxicação com sintomas neurológicos, cefaleia e alterações hepáticas ou renais, além de argiria — coloração azulada ou acinzentada permanente da pele, olhos e órgãos internos.

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Efeitos colaterais possíveis
Entre os riscos associados ao produto estão:
- descoloração da pele;
- convulsões;
- dor abdominal ou cefaleia;
- irritação cutânea localizada;
- interferência na ação de antibióticos e levotiroxina;
- danos aos rins, fígado ou cérebro;
- metemoglobinemia, quando aplicada topicamente, gerando palidez, cansaço e tontura.
Grávidas devem evitar
O uso de prata coloidal não é indicado durante a gestação, pois pode comprometer o desenvolvimento fetal. Qualquer sinal de vermelhidão ou prurido após a aplicação deve levar à suspensão imediata e à avaliação médica.
Dermatologistas destacam que, por não ser um mineral essencial, a prata não traz benefícios nutricionais. A recomendação geral é limitar o produto a aplicações tópicas prescritas, evitando a ingestão e a automedicação.
Com informações de Tua Saúde