A pílula do dia seguinte, indicada apenas para situações de emergência, pode provocar uma série de efeitos colaterais que costumam durar de 24 a 48 horas e variam de intensidade conforme cada mulher. As reações podem ocorrer tanto na formulação de levonorgestrel (1,5 mg em dose única ou dois comprimidos de 0,75 mg) quanto na que contém acetato de ulipristal.
Principais efeitos relatados
Os dez efeitos adversos mais frequentes são:
• Náuseas e vômitos;
• Sangramento fora do período menstrual;
• Dor abdominal ou pélvica;
• Cansaço excessivo;
• Dor de cabeça;
• Sensibilidade nas mamas;
• Diarreia;
• Tontura ou vertigem;
• Alteração no ciclo menstrual (adiantamento ou atraso);
• Inchaço abdominal semelhante ao da TPM.
Reações menos comuns incluem urticária, coceira, inchaço no rosto, cólicas intensas, menstruação dolorosa e formação de pequenas bolhas na pele.
Como aliviar os sintomas
Náuseas e vômitos: ingerir alimento logo após tomar o comprimido e, se necessário, usar antieméticos ou chás de gengibre. Se o vômito ocorrer em até duas horas, repetir a dose.
Dor de cabeça ou abdominal: analgésicos como paracetamol ou dipirona podem ser utilizados.
Sensibilidade nos seios: compressas mornas e massagens com creme hidratante ajudam a reduzir o desconforto.
Diarreia: hidratação intensificada e chás de camomila, folhas de goiabeira ou chá preto são recomendados. Caso o episódio aconteça até duas horas após a ingestão, é preciso tomar outro comprimido.
Contraindicações
A pílula não deve ser usada por gestantes, lactantes, pessoas alérgicas aos componentes, homens, mulheres com doença hepática grave, salpingite ou histórico de gravidez ectópica. Também é contraindicada em casos de Crohn e outras doenças intestinais que prejudicam a absorção. Pacientes com hipertensão, problemas cardiovasculares, obesidade mórbida ou sangramento genital sem causa definida devem consultar o ginecologista antes do uso.

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Dúvidas frequentes
Uso repetido: a alta dose hormonal limita o emprego a ocasiões emergenciais; utilizar mais de uma vez no mês reduz a eficácia.
Alterações menstruais: podem ocorrer atrasos ou adiantamentos de até uma semana, especialmente com uso recorrente.
Gravidez existente: não há evidência de malformações se a pílula for ingerida no primeiro trimestre inadvertidamente.
Falha do método: a gravidez é possível quando a dose de levonorgestrel é tomada após 72 h, a de ulipristal depois de 120 h, em caso de vômitos/diarreia nas quatro horas seguintes, ovulação já ocorrida ou uso múltiplo no ciclo. O método não protege contra infecções sexualmente transmissíveis.
Quando os sintomas persistem além de 48 horas, a orientação é procurar um ginecologista.
Com informações de Tua Saúde