Peste negra: sintomas, diagnóstico e como se proteger

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A peste negra, doença infecciosa provocada pela bactéria Yersinia pestis, permanece como ameaça pontual em todo o mundo. Transmitida principalmente por pulgas que parasitam roedores, a infecção foi responsável, na Idade Média, pela morte de cerca de 30% da população europeia. No Brasil, a enfermidade é considerada rara: os três registros mais recentes ocorreram depois de 2000, respectivamente na Bahia, no Ceará e no Rio de Janeiro.

Formas clínicas e principais sinais

Síndrome bubônica

  • Lesão na pele no ponto da picada;
  • Febre súbita acima de 38 °C;
  • Calafrios;
  • Cefaleia intensa;
  • Cansaço extremo;
  • Aumento doloroso dos gânglios linfáticos — o chamado bubão.

Os sintomas aparecem de dois a oito dias após o contato com a bactéria.

Síndrome septicêmica

  • Mesmos sinais da forma bubônica, porém sem bubão;
  • Pressão arterial baixa;
  • Taquicardia;
  • Choque;
  • Dor abdominal intensa;
  • Manchas arroxeadas na pele e áreas escurecidas, sobretudo em nariz, mãos e pés.

Síndrome pneumônica

  • Dificuldade para respirar;
  • Sensação de falta de ar;
  • Dor torácica;
  • Febre elevada;
  • Tosse persistente, possivelmente com sangue.

Nessa forma, os primeiros sintomas costumam surgir entre um e três dias após a infecção e o micro-organismo pode ser transmitido diretamente de pessoa para pessoa por gotículas respiratórias.

Como é feito o diagnóstico

O infectologista avalia sinais clínicos e histórico do paciente — como presença em áreas onde houve casos recentes. Para confirmação, podem ser solicitados exames de sangue, escarro, fluidos corporais ou biópsia de linfonodo, a fim de detectar a Y. pestis.

Formas de contágio

A via mais comum é a picada de pulgas que tenham se alimentado de roedores infectados. Uma vez no organismo humano, a bactéria alcança os linfonodos, multiplica-se e libera substâncias inflamatórias que desencadeiam os sintomas. A modalidade pneumônica também pode ser transmitida por tosse ou espirro, além do contato com sangue ou fluidos de pessoas ou animais doentes.

Tratamento

O atendimento deve ser iniciado o mais rápido possível, idealmente nas primeiras 15 horas após o aparecimento dos sinais. O protocolo inclui antibióticos como gentamicina, estreptomicina, doxiciclina, tetraciclina ou cloranfenicol. O paciente permanece internado em isolamento até não oferecer risco de transmissão.

Prognóstico

Quando a terapia é instituída em até 48 horas, as chances de cura são altas. Se houver atraso, podem ocorrer complicações graves, entre elas necrose de tecidos, lesões em órgãos e fadiga prolongada.

Prevenção

  • Manter lixo, papelão e revistas velhas longe de casa para reduzir a população de roedores;
  • Aplicar produtos antipulgas em animais de estimação que circulam fora de ambientes fechados;
  • Usar repelente sobre a pele em áreas de risco.

Diante de qualquer sintoma suspeito, a orientação é procurar imediatamente atendimento médico.

Com informações de Tua Saúde

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