Paraplegia: perda de movimento das pernas, sintomas e opções de tratamento

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Brasília – A paraplegia é definida pela Medicina como a perda de movimento dos membros inferiores, condição que também pode comprometer sensibilidade, tônus muscular e reflexos nas pernas. O quadro costuma surgir após lesão na medula espinhal provocada por acidentes, fraturas ou doenças como esclerose múltipla e mielite transversa.

Principais manifestações

Entre os sintomas mais frequentes estão incapacidade de mover as pernas, flacidez inicial que evolui para rigidez muscular, ausência de reflexos e perda de sensibilidade para dor, tato ou temperatura, quando a lesão é completa. Complicações como incontinência urinária ou fecal, disfunção erétil e infertilidade podem ocorrer conforme a gravidade do dano medular.

Diagnóstico

O neurologista confirma o quadro ao verificar perda total de força muscular nos membros inferiores e identificar alterações na medula por exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia da coluna. Diante de sintomas súbitos, a recomendação é buscar atendimento de urgência.

Diferença para tetraplegia

Na tetraplegia, também chamada de quadriplegia, a lesão medular compromete braços, pernas e tronco, enquanto na paraplegia o déficit se restringe às pernas.

Classificação

Há quatro tipos principais:

  • Espástica – aumento anormal do tônus muscular;
  • Flácida – músculos muito enfraquecidos;
  • Completa – ausência total de sensibilidade e movimento nos membros inferiores;
  • Incompleta – alguma sensibilidade preservada, embora sem mobilidade.

Causas mais comuns

Além de traumas na coluna por acidentes de carro, quedas ou ferimentos por arma de fogo, a paraplegia pode resultar de infecções que atinjam a medula, obstrução dos vasos que irrigam a região, fraturas vertebrais, malformações como espinha bífida, doenças neurológicas (Síndrome de Guillain-Barré, esclerose múltipla, mielite transversa) e tumores.

Tratamento e reabilitação

O plano terapêutico varia conforme a causa e a extensão da lesão. Na maioria dos casos, o foco é a reabilitação com fisioterapia, terapia ocupacional e, quando necessário, psicoterapia. A fisioterapia inclui exercícios de mobilização passiva, fortalecimento dos membros superiores, uso de meias elásticas e atividades como natação para melhorar circulação, prevenir deformidades articulares e elevar a autoestima.

Devido ao tempo prolongado em posição sentada, recomenda-se mudar de postura a cada duas horas e utilizar almofadas especiais na cadeira de rodas para evitar úlceras de pressão.

Possibilidade de cura

A paraplegia costuma ser permanente. Contudo, casos ligados à compressão medular podem ter melhora após cirurgia para liberar a medula, e situações provocadas por infecções ou doenças degenerativas podem regredir quando tratadas adequadamente.

O acompanhamento contínuo visa preservar a circulação, impedir escaras e preservar ao máximo a qualidade de vida.

Com informações de Tua Saúde

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