O omalizumabe, comercializado com o nome Xolair, é um anticorpo monoclonal prescrito para controlar asma alérgica persistente moderada a grave, urticária crônica espontânea e rinossinusite crônica com pólipos nasais. O fármaco pode ser usado por crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos, conforme cada indicação.
Como age
A substância bloqueia a imunoglobulina E (IgE), proteína envolvida em processos alérgicos. Ao inibir a ligação da IgE, o medicamento reduz a liberação de mediadores inflamatórios nas vias aéreas e na pele, amenizando sintomas como falta de ar, coceira e formação de pólipos.
Apresentações e prescrição
O produto é fornecido apenas com receita médica em seringas pré-preenchidas ou em pó para reconstituição, em doses de 75 mg ou 150 mg. As três primeiras aplicações devem ser feitas ou supervisionadas por profissional de saúde.
Indicações principais
- Asma alérgica persistente moderada a grave: indicado para adultos e crianças a partir de 6 anos quando corticoides inalatórios não controlam os sintomas.
- Urticária crônica espontânea: autorizado para adultos e adolescentes a partir de 12 anos que não respondem a anti-histamínicos.
- Rinossinusite crônica com pólipos nasais: liberado para adultos e adolescentes a partir de 12 anos.
Posologia
A dose varia conforme o peso do paciente e os níveis de IgE sanguínea:
- Asma alérgica e rinossinusite: 1 a 4 injeções por aplicação, a cada 2 ou 4 semanas.
- Urticária crônica espontânea: duas injeções de 150 mg administradas de uma vez, a cada 4 semanas.
Administração
Omalizumabe é injetado por via subcutânea na parte frontal da coxa, abdômen ou parte superior externa do braço. A seringa deve permanecer fora da geladeira por cerca de 20 minutos antes da aplicação. Após higienizar as mãos e o local, remove-se a tampa da agulha, introduz-se totalmente a agulha, injeta-se lentamente o conteúdo e descarta-se o dispositivo em recipiente apropriado.
Disponibilidade no SUS
O Sistema Único de Saúde fornece o medicamento gratuitamente para pacientes com asma alérgica grave não controlada.
Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Efeitos colaterais
Reações comuns incluem dor, inchaço ou vermelhidão no local da injeção, febre, dor de cabeça, desconforto abdominal superior, infecções de vias aéreas superiores, sensação de pressão no rosto, tontura e artralgia. Menos frequentemente podem ocorrer sonolência, formigamento, hipotensão postural, tosse, problemas respiratórios agudos, náusea, diarreia, erupções cutâneas, fotossensibilidade, ganho de peso e edema de braços. Casos raros envolvem infecção parasitária, anafilaxia, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Churg-Strauss, trombocitopenia e doença do soro.
Contraindicações e precauções
O fármaco não deve ser utilizado por crianças menores de 6 anos nem por pessoas com hipersensibilidade conhecida ao omalizumabe. Gestantes e lactantes só devem recorrer ao medicamento mediante orientação médica. Pacientes com insuficiência renal ou hepática, infecções parasitárias ou em uso de outras terapias devem informar o médico antes de iniciar o tratamento.
O tratamento com omalizumabe oferece opção terapêutica para quadros alérgicos moderados a graves que não respondem às abordagens convencionais, mas requer acompanhamento rigoroso para ajuste de doses e monitoramento de reações adversas.
Com informações de Tua Saúde
