A unha encravada, condição conhecida na medicina como onicocriptose, ocorre quando a extremidade ou a lateral da unha cresce em direção à pele, provocando inflamação ou infecção. O problema costuma aparecer com mais frequência no dedão do pé, mas pode atingir qualquer outro dedo — inclusive das mãos — e requer avaliação de dermatologista ou clínico geral.
Principais sintomas
Entre os sinais mais comuns estão dor no dedo afetado, inchaço, vermelhidão ao redor da unha e dificuldade para calçar sapatos ou caminhar. Quando há infecção, pode surgir pus. Em casos crônicos, forma-se um tecido esponjoso chamado granuloma piogênico.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e envolve análise dos sintomas, histórico de saúde e exame físico. Se houver suspeita de nódulo ósseo sob a unha, o médico pode solicitar radiografia para descartar exostose subungueal.
Causas mais frequentes
Cortar a unha de maneira inadequada, deixá-la muito reta ou remover os cantos são os principais fatores desencadeantes. Outros motivos incluem unhas naturalmente curvas ou largas, uso de sapatos apertados, má higiene dos pés, suor excessivo (hiperidrose) e traumas, como roer unhas. Diabetes, má circulação sanguínea e uso de medicamentos como cetuximabe ou gefitinibe também elevam o risco.
Tratamentos disponíveis
O manejo varia conforme a gravidade:
- Casos leves: colocação de pequeno chumaço de algodão sob a unha ou uso de próteses para guiá-la no crescimento correto, além de analgésicos ou anti-inflamatórios (paracetamol, ibuprofeno).
- Quando há infecção: prescrição de antibióticos.
- Quadros graves: procedimentos como cantoplastia, eletrocauterização, radiofrequência ou laser de dióxido de carbono, todos sob anestesia local.
Cuidados caseiros
Immersão do pé em água morna com sal ajuda a aliviar dor e inflamação. Manter o pé seco e usar calçados folgados também favorece a recuperação.

Imagem: Internet
Prevenção
Para evitar o problema, recomenda-se cortar as unhas retas, sem arredondar os cantos, manter boa higiene, optar por sapatos confortáveis e evitar meias sintéticas. Pessoas diabéticas devem seguir o controle glicêmico orientado pelo endocrinologista.
Em caso de dor intensa, presença de pus ou condições de saúde que comprometam a circulação, a orientação médica deve ser procurada imediatamente.
Com informações de Tua Saúde