Brasília, 25 de setembro de 2025 – A Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, publicada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, apresenta os atuais valores de referência para os diferentes tipos de colesterol, com destaque para o LDL, cujo limite varia conforme o risco cardiovascular de cada paciente.
LDL: limite definido pelo nível de risco
O LDL, considerado “ruim”, tem metas distintas de acordo com a probabilidade de eventos como infarto ou AVC:
- Risco baixo: menos de 115 mg/dL;
- Risco intermediário: menos de 100 mg/dL;
- Risco alto: menos de 70 mg/dL;
- Risco muito alto: menos de 50 mg/dL;
- Risco extremo: menos de 40 mg/dL.
A avaliação do risco é feita em consulta, levando em conta histórico clínico, hábitos de vida e presença de doenças como diabetes ou hipertensão.
HDL: o “bom” colesterol
Para o HDL, que ajuda a proteger coração e vasos, níveis acima de 40 mg/dL são considerados adequados; valores superiores a 60 mg/dL são vistos como excelentes. Quando o resultado fica abaixo de 40 mg/dL, há indicação de possível elevação de LDL e triglicerídeos, aumentando a chance de complicações cardiovasculares.
VLDL: transporte de triglicerídeos
Responsável por carregar triglicerídeos, o VLDL deve permanecer abaixo de 30 mg/dL. Embora menos enfatizado que o LDL, o parâmetro também interfere no cálculo do colesterol não-HDL.
Colesterol total
O valor total, resultado da soma de LDL, HDL e frações como VLDL, é considerado normal abaixo de 200 mg/dL. Valores inferiores a 190 mg/dL são tidos como desejáveis.
Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Colesterol não-HDL
Esta medida reúne todas as lipoproteínas consideradas aterogênicas (LDL, VLDL e IDL). As metas variam conforme o risco:
- Risco baixo: menos de 145 mg/dL;
- Risco intermediário: menos de 130 mg/dL;
- Risco alto: menos de 100 mg/dL;
- Risco muito alto: menos de 80 mg/dL;
- Risco extremo: menos de 70 mg/dL.
Ferramenta de cálculo
A diretriz disponibiliza uma calculadora on-line que compara os resultados do exame de sangue com os valores recomendados. O recurso é apenas orientativo e não substitui avaliação médica.
O colesterol é essencial para o organismo, mas níveis elevados podem levar a aterosclerose e outras complicações. Diante de resultados fora da faixa ideal, o cardiologista define mudanças de estilo de vida e, quando necessário, prescreve medicamentos hipolipemiantes.
Com informações de Tua Saúde

