Olhos que lacrimejam de forma persistente podem indicar desde situações simples, como resfriados, até problemas graves, por exemplo úlcera de córnea. Especialistas listam 13 causas comuns e apontam como proceder em cada uma delas.
1. Conjuntivite
Inflamação que pode ter origem alérgica, irritativa ou infecciosa (vírus e bactérias). Sinais: vermelhidão, coceira, secreção e lágrima em excesso.
O que fazer: lavar os olhos com soro fisiológico e usar colírios com anti-histamínico, antibiótico ou anti-inflamatório, conforme a causa determinada pelo oftalmologista.
2. Gripe e resfriado
Infecções respiratórias caracterizadas por tosse, febre, congestão nasal e lacrimejamento. A gripe costuma ser mais intensa e prolongada que o resfriado.
O que fazer: analgésicos, antitérmicos, anti-histamínicos e anti-inflamatórios, além de reforço de vitamina C, sempre com orientação médica.
3. Úlcera de córnea
Ferida inflamada na córnea, geralmente provocada por infecção, trauma ou olho seco. Sintomas incluem dor, visão embaçada e sensação de corpo estranho.
O que fazer: atendimento de urgência para uso de colírios antibióticos, antifúngicos ou anti-inflamatórios; tratar doença de base se houver.
4. Alergias respiratórias
Contato com pólen, poeira, bolor ou pelos de animais pode levar a nariz entupido, espirros, coceira nasal, dor de cabeça e olhos vermelhos e lacrimejantes.
O que fazer: anti-histamínicos como desloratadina, cetirizina ou ebastina; broncodilatadores quando há dificuldade para respirar.
5. Cefaleia em salvas
Dor de cabeça unilateral, intensa e súbita, acompanhada de vermelhidão, lacrimejamento, inchaço palpebral ou coriza no mesmo lado da dor.
O que fazer: anti-inflamatórios, opioides e administração de oxigênio a 100% durante a crise.
6. Sinusite
Inflamação dos seios da face causada por irritantes, fungos ou alergias. Provoca dor facial, secreção nasal, dor de cabeça e olhos lacrimejando.
O que fazer: analgésicos, anti-inflamatórios, corticoides, antibióticos e descongestionantes, dependendo do tipo de sinusite.
7. Blefarite
Inflamação das pálpebras devido à disfunção das glândulas de Meibômio. Gera crostas, coceira, vermelhidão e lacrimejamento.
O que fazer: limpeza cuidadosa das pálpebras com colírios apropriados e compressas mornas. Casos recorrentes exigem avaliação oftalmológica.
8. Meibomite
Processo inflamatório nas glândulas meibomianas, associado ao uso de lentes, clima seco ou alterações hormonais. Causa lágrima espumosa, pálpebras inchadas e vermelhas.

Imagem: Internet
O que fazer: compressas mornas, colírios lubrificantes, corticoides ou antibióticos. Nos quadros graves, pode ser indicada cirurgia.
9. Herpes ocular
Infecção pelo herpes simples tipo 1 que pode atingir um ou ambos os olhos, com sintomas parecidos aos da conjuntivite e presença de bolhas ou úlceras ao redor.
O que fazer: consulta imediata ao oftalmologista para uso de pomadas ou colírios antivirais, corticoides, antivirais orais ou antibióticos.
10. Enxaqueca
Dor de cabeça pulsante, possivelmente acompanhada de lacrimejamento, sensibilidade à luz, manchas na visão, náusea ou coriza.
O que fazer: repouso em ambiente calmo e escuro. Quadros frequentes requerem avaliação neurológica e possível tratamento medicamentoso.
11. Canal lacrimal entupido
Obstrução total ou parcial do sistema de drenagem das lágrimas, provocando vermelhidão, dor ou inchaço no canto interno do olho.
O que fazer: em recém-nascidos, limpeza com soro e massagem; em adultos, colírios anti-inflamatórios ou antibióticos e, se necessário, cirurgia de desobstrução.
12. COVID-19
A infecção pelo coronavírus pode causar manifestações oculares como conjuntivite e ceratoconjuntivite, com aumento do lacrimejamento, dor e sensibilidade à luz.
O que fazer: isolamento, repouso e medicação sintomática conforme orientação médica.
13. Quimioterapia
Medicamentos como a ciclofosfamida podem desencadear lacrimejamento durante a infusão. A terapia oncológica também eleva o risco de infecções oculares e altera a composição da lágrima.
O que fazer: informar a equipe de enfermagem para ajustar a velocidade da infusão; manter higiene ocular e, em caso de infecção, utilizar colírios prescritos pelo oftalmologista.
Profissionais recomendam atenção a sinais adicionais, como vermelhidão intensa, visão embaçada, sensação de areia ou inchaço palpebral. Na presença desses sintomas, a orientação é procurar um oftalmologista para diagnóstico e tratamento adequados.
Com informações de Tua Saúde