Íngua na axila pode indicar de infecções simples a câncer; veja causas e orientações

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O aparecimento de caroços na axila, conhecido como linfadenopatia axilar, costuma ser reação do organismo a processos inflamatórios ou infecciosos, mas também pode estar relacionado a doenças autoimunes, efeitos pós-vacinação e diferentes tipos de câncer. Especialistas lembram que a avaliação médica é fundamental quando o nódulo não regride em até duas semanas ou cresce progressivamente.

Fatores que mais provocam íngua na axila

Foliculite – Inflamação do folículo piloso, geralmente após depilação com lâmina ou cera, ou por contaminação por bactérias como Staphylococcus aureus. Costuma provocar pequenas espinhas doloridas e vermelhas. Higienização com sabonete antisséptico e compressas mornas são indicadas; nos casos persistentes, dermatologistas prescrevem antibióticos.

Hidradenite supurativa – Inflamação das glândulas sudoríparas que bloqueia a saída do suor e gera caroços doloridos. Pode estar ligada a fatores genéticos, tabagismo ou obesidade. Tratamento inclui cremes com antibiótico, injeção de corticoide e, em quadro grave, cirurgia.

Linfadenite – Inflamação direta dos linfonodos por vírus, bactérias, fungos ou protozoários. Febre e dor local são frequentes. O clínico geral investiga a causa e prescreve antibiótico ou anti-inflamatório conforme o agente envolvido.

Pós-vacinação – Imunizantes como BCG, gripe, varíola, sarampo, herpes zoster e COVID-19 podem levar à formação de linfonodo inchado no braço vacinado. O quadro costuma desaparecer em três a quatro semanas sem tratamento.

Furúnculo – Infecção profunda do folículo piloso causada, na maioria das vezes, por Staphylococcus aureus. Compressas mornas ajudam na drenagem espontânea; se houver complicação, o médico indica antibiótico ou faz a drenagem.

Infecções sistêmicas – HIV e mononucleose infecciosa estão entre as doenças que aumentam linfonodos em várias regiões, inclusive axila. Diagnóstico e tratamento são feitos por clínico geral ou infectologista.

Doenças autoimunes – Lúpus e artrite reumatoide podem gerar inflamação dos gânglios. O reumatologista define o manejo conforme cada caso.

Tuberculose ganglionar – Variante da tuberculose causada por Mycobacterium tuberculosis que atinge linfonodos, mais comum em pessoas com HIV e em mulheres de 20 a 40 anos. Tratamento exige esquema antibiótico por, no mínimo, seis meses.

Linfoma – Câncer dos linfonodos que forma nódulo duro, indolor e crescente. Exames de imagem e sangue confirmam o diagnóstico, seguido de quimioterapia ou radioterapia.

Câncer de mama – Além do nódulo na mama, pode surgir íngua na axila, dor que irradia para o braço, vermelhidão ou secreção mamilar. Mastologistas solicitam mamografia, ultrassom e biópsia para definir a conduta.

Quando procurar atendimento médico

Deve-se agendar consulta se a íngua:

  • persistir por mais de duas semanas ou aumentar de tamanho;
  • apresentar dor intensa, vermelhidão, pus ou diâmetro superior a 2,5 cm;
  • for dura e fixa à palpação;
  • vier acompanhada de febre, suor noturno, perda de peso, mal-estar ou outras ínguas no corpo.

Nessa situação, exames de sangue, raio-X, tomografia ou ressonância podem ser solicitados para identificar infecções, doenças autoimunes ou neoplasias.

Com informações de Tua Saúde

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