Imunoglobulina humana: medicamento repõe anticorpos e é usado contra Guillain-Barré, púrpura trombocitopênica e imunodeficiências

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A imunoglobulina humana, preparada a partir da fração IgG do plasma de doadores, é aplicada por via intravenosa em hospitais ou clínicas especializadas para tratar síndromes de imunodeficiência, síndrome de Guillain-Barré, púrpura trombocitopênica idiopática e outras condições que exigem reposição de anticorpos ou modulação do sistema imune.

Principais indicações

O produto, comercializado no Brasil com nomes como Flebogamma, Octagam, Endobulin e Sandoglobulina, é recomendado nos seguintes casos:

  • Síndrome de Guillain-Barré;
  • Púrpura trombocitopênica idiopática;
  • Doença de Kawasaki;
  • Infecções recorrentes em crianças com HIV ou AIDS congênita;
  • Imunodeficiências primárias.

Também pode ser prescrito em mieloma múltiplo ou leucemia linfocítica crônica com baixos níveis de imunoglobulina e, ainda, em transplante alogênico de medula óssea para reduzir rejeição, combater infecções e repor anticorpos.

Como é administrada

A aplicação é intravenosa, realizada por profissional de saúde sob supervisão médica. A dosagem varia conforme a doença:

  • Síndrome de Guillain-Barré: 0,4 g/kg por dia durante cinco dias.
  • Púrpura trombocitopênica idiopática: 0,8 a 1 g/kg no primeiro dia, repetindo após três dias; ou 0,4 g/kg/dia por dois a cinco dias.
  • Doença de Kawasaki: 1,6 a 2 g/kg divididos em dois a cinco dias, ou 2 g/kg em dose única.
  • Imunodeficiência primária (terapia de reposição): 0,4 a 0,8 g/kg na primeira infusão, seguida de 0,2 g/kg a cada três ou quatro semanas.
  • Mieloma, LLC ou HIV/AIDS congênita com infecções recorrentes: 0,2 a 0,4 g/kg a cada três a quatro semanas.
  • Transplante alogênico de medula óssea: 0,5 g/kg por semana, iniciando sete dias antes do procedimento e mantendo até três meses depois.

Durante o tratamento é recomendado ingerir bastante água para preservar a função renal e garantir fluxo sanguíneo adequado. Exames sanguíneos e de urina devem ser feitos periodicamente.

Efeitos adversos

As reações mais registradas são dor de cabeça, tontura, febre, calafrios, náusea, dor articular, hipotensão e dor nas costas durante a infusão. Há relatos raros de reação alérgica, choque anafilático, problemas renais ou pulmonares.

O medicamento também pode elevar o risco de trombose, infarto, AVC, embolia pulmonar ou trombose venosa profunda. Sintomas como falta de ar, palpitações, dor no peito, fraqueza em um lado do corpo ou inchaço em membros exigem atendimento médico imediato.

Contraindicações

O uso é vetado para pessoas com alergia a imunoglobulinas humanas, a qualquer componente da fórmula ou ao milho. Também não deve ser empregado em pacientes com deficiência de IgA, diabetes descompensada ou intolerância conhecida à glicose. Gestantes ou lactantes só devem receber o produto se houver prescrição médica.

O tratamento com imunoglobulina humana precisa de acompanhamento constante para ajuste de dose e monitoramento de efeitos colaterais.

Com informações de Tua Saúde

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