Hormônio do crescimento: funções, exames, uso médico e efeitos adversos

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Produzido naturalmente pela hipófise, o hormônio do crescimento (GH) tem papel central no desenvolvimento infantil e na regulação do metabolismo em todas as fases da vida. Quando fabricado em laboratório, o GH sintético é prescrito apenas em situações específicas, como deficiência de crescimento em crianças ou perda de peso e massa muscular provocada por doenças crônicas. O uso com finalidade estética ou para ganho de desempenho esportivo é contraindicado devido ao risco de efeitos colaterais.

Para que serve o GH

Entre as principais funções do hormônio estão:

  • estimular o alongamento dos ossos e o crescimento de tecidos, sobretudo na infância e adolescência;
  • auxiliar o organismo a transformar nutrientes em energia;
  • manter a glicemia em níveis adequados;
  • preservar a estrutura de órgãos e musculatura após o término do crescimento.

Como é feito o exame

Pediatras ou endocrinologistas solicitam a avaliação do GH quando há suspeita de atraso de crescimento ou de distúrbios hormonais. Como a liberação do hormônio varia ao longo do dia, uma única coleta não basta. O método mais comum é o teste de estímulo: um medicamento é aplicado por via intravenosa para induzir a produção de GH e, em seguida, amostras de sangue são retiradas a cada 15 a 30 minutos, durante duas a cinco horas.

Valores de referência costumam ficar entre 10 e 50 ng/mL em crianças, 0,4 a 10 ng/mL em homens adultos e 1 a 14 ng/mL em mulheres adultas. Exames complementares que medem as proteínas IGF-1 e IGFBP-3 ajudam a confirmar o diagnóstico.

Quando o hormônio está alto

Níveis elevados geralmente estão ligados a adenomas hipofisários (tumores benignos). Em crianças, podem levar ao gigantismo, crescimento muito acima do esperado. Em adultos, provocam acromegalia, caracterizada pelo aumento de mãos, pés, ossos e órgãos, além de elevar o risco de hipertensão, diabetes e problemas cardíacos. O GH também sobe naturalmente durante o sono profundo, após exercícios intensos, em situações de estresse ou quando ocorre hipoglicemia.

Quando o hormônio está baixo

A deficiência pode ser causada por tumores, cirurgias ou traumas na hipófise, radioterapia, quimioterapia, processos inflamatórios ou infecciosos, doenças congênitas (como as síndromes de Turner e de Prader-Willi) e doença renal crônica. Se começar na infância e persistir na idade adulta, a falta de GH favorece acúmulo de gordura corporal, enfraquecimento de ossos e músculos, redução da sensação de bem-estar e maior risco cardiovascular.

Indicações do GH sintético

A aplicação do hormônio sintético é restrita a:

  • crianças com produção insuficiente, visando atingir a estatura prevista;
  • adolescentes que ainda não encerraram o crescimento, se o déficit persistir;
  • adultos com perda de peso e massa muscular associada a HIV/AIDS ou síndrome do intestino curto.

O tratamento é feito por injeção subcutânea diária, geralmente à noite, com dose ajustada ao peso do paciente. Consultas e exames são repetidos a cada três a seis meses.

Efeitos colaterais e contraindicações

Em adultos, o uso pode provocar dores articulares e musculares, inchaço nos membros, síndrome do túnel do carpo, resistência à insulina, risco de diabetes tipo 2 e aumento das mamas em homens. Casos raros incluem dor de cabeça, hipertensão intracraniana, pressão arterial elevada e zumbido.

O GH não deve ser utilizado por grávidas nem por pessoas com histórico de câncer ou tumores intracranianos benignos. Também requer avaliação cuidadosa em diabéticos, portadores de retinopatia diabética, hipotireoidismo não tratado ou psoríase. A substância é proibida para fins estéticos ou de performance esportiva, pois não há comprovação de benefícios e os riscos superam eventuais ganhos.

Com informações de Tua Saúde

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