O hormônio do crescimento injetável, a somatotropina, é prescrito por endocrinologistas para estimular a estatura de crianças e adolescentes e para repor o déficit do hormônio em adultos. A substância, produzida naturalmente pela hipófise, só pode ser comprada em farmácias com retenção da receita.
Quando o tratamento é indicado
A terapia costuma ser recomendada nas seguintes situações:
- Crianças com baixa estatura por produção insuficiente ou ausência do hormônio;
- Meninas com síndrome de Turner;
- Meninos antes da puberdade com insuficiência renal crônica;
- Meninos nascidos pequenos que não atingiram altura considerada normal até os 4 anos;
- Adultos com deficiência diagnosticada de hormônio do crescimento.
Como é feita a aplicação
As injeções são subcutâneas e, geralmente, aplicadas à noite na camada de gordura dos braços, coxas, glúteos ou abdômen. A dose varia conforme peso ou superfície corporal e finalidade terapêutica.
Crianças e adolescentes
- Baixa estatura por falta de hormônio: 0,7–1,0 mg/m² ou 0,025–0,035 mg/kg por dia;
- Síndrome de Turner: 1,4 mg/m² ou 0,045–0,050 mg/kg por dia;
- Insuficiência renal crônica: 1,4 mg/m² ou 0,045–0,050 mg/kg por dia;
- Crianças nascidas pequenas: 1 mg/m² ou 0,035 mg/kg por dia.
O uso é mantido até a maturidade óssea, quando as cartilagens de crescimento se fecham.
Adultos
No início, o médico costuma prescrever 0,15–0,30 mg diários, ajustando a quantidade gradualmente. A dose final raramente ultrapassa 1 mg por dia. Alguns adultos continuam o tratamento para melhorar capacidade física e saúde óssea e muscular, mas o hormônio não deve ser utilizado para emagrecimento.
Efeitos colaterais
Entre as reações mais comuns estão vermelhidão, coceira, inchaço, dor, inflamação ou hematoma no local da aplicação. Em adultos, podem surgir síndrome do túnel do carpo, dor de cabeça, retenção de líquidos, dores musculares, articulares, dormência e formigamento.

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Quando o hormônio não deve ser usado
O tratamento é contraindicado para grávidas, mulheres que amamentam sem orientação médica, pessoas alérgicas à somatotropina, portadores de tumores malignos ou cerebrais, diabéticos descompensados, pacientes com doenças debilitantes ou em recuperação de grandes cirurgias cardíacas ou abdominais.
O endocrinologista define a duração e a necessidade de ajustes nas doses durante todo o acompanhamento.
Com informações de Tua Saúde