Histiocitose: doença rara marcada por acúmulo de histiócitos causa febre, lesões na pele e perda de peso

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A histiocitose é um grupo de síndromes incomuns caracterizadas pelo aumento e acúmulo anormal de histiócitos – células de defesa que incluem monócitos, macrófagos e células dendríticas. Embora não seja classificada como câncer, pode se comportar de maneira semelhante, provocando sintomas sistêmicos e comprometendo diversos órgãos.

Principais sintomas

Os sinais variam conforme a região afetada, mas os quadros mais relatados incluem:

  • Febre persistente;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Falta de apetite;
  • Cansaço extremo;
  • Ínguas, principalmente no pescoço;
  • Dor óssea e fraturas espontâneas;
  • Erupções cutâneas;
  • Lesões na gengiva e nos dentes.

Podem surgir ainda dermatite seborreica de difícil controle, tumores de pele, cefaleia, tontura, convulsões, deterioração cognitiva, problemas de visão, tosse, dor ou aperto torácico, anemia e icterícia.

Órgãos mais atingidos

Ossos, pele, fígado e pulmões são os locais acometidos com maior frequência, especialmente em pessoas com histórico de tabagismo. Em menor proporção, o distúrbio pode envolver sistema nervoso central, linfonodos, trato gastrointestinal e tireoide.

Três formas principais

Histiocitose de células de Langerhans – tipo mais comum, costuma ser identificado entre 1 e 4 anos, mas também aparece em adultos. Pode limitar-se a um único osso ou atingir múltiplos órgãos.

Doença de Erdheim-Chester – rara e predominante em adultos, afeta ossos longos (como os das pernas), olhos, sistema nervoso central, pulmões, coração, rins e vasos sanguíneos.

Doença de Rosai-Dorfman – geralmente diagnosticada na infância, provoca aumento de gânglios (sobretudo cervicais) e pode comprometer pele e ossos.

Diagnóstico

O clínico geral, pediatra ou hematologista realiza exame físico e avalia histórico pessoal e familiar. A confirmação depende, em geral, de biópsia do tecido afetado. Outros exames solicitados incluem cintilografia óssea, ultrassonografia, tomografia computadorizada, pesquisa de mutações como BRAF e hemograma completo.

Causas e fatores de risco

A origem exata é desconhecida, mas há suspeita de alterações genéticas em células do sistema imune. Fatores associados ao maior risco são tabagismo, exposição a solventes, metais, granito ou pó de madeira e histórico familiar da doença.

Tratamento

A abordagem varia segundo extensão e localização dos focos:

  • Sessões de quimioterapia;
  • Radioterapia;
  • Medicamentos (corticoides, antibióticos, imunossupressores);
  • Cirurgia, principalmente quando há lesões ósseas;
  • Transplante, como de fígado ou de células-tronco, em situações específicas.

Casos localizados ou de baixo risco apresentam maior chance de cura, podendo inclusive regredir espontaneamente. Por existir possibilidade de recidiva, o acompanhamento periódico após o tratamento é essencial.

Com informações de Tua Saúde

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