Histerectomia laparoscópica: entenda indicações, técnica e recuperação

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A histerectomia laparoscópica é uma cirurgia minimamente invasiva para retirada do útero, indicada por ginecologistas quando tratamentos menos agressivos não surtem efeito para problemas como endometriose, miomas, sangramento uterino anormal ou câncer ginecológico.

Para que serve

O procedimento pode ser recomendado para casos de dor pélvica crônica, adenomiose, doença inflamatória pélvica, sangramento pós-menopausa, prolapso uterino, incompetência cervical e cistos ovarianos benignos. Em homens transexuais, integra o processo de redesignação sexual.

Tipos de abordagem

Histerectomia total laparoscópica remove útero e colo uterino;
Subtotal preserva o colo;
Vaginal assistida por laparoscopia combina incisões abdominais e via vaginal;
Acesso único utiliza um único corte;
Mini-laparoscopia faz incisões ainda menores. Há, ainda, a versão assistida por robô.

Preparo pré-operatório

O paciente deve parar de fumar, reduzir álcool, controlar doenças crônicas, informar todos os medicamentos e respeitar jejum de pelo menos oito horas. Anti-inflamatórios e anticoagulantes podem ser suspensos conforme orientação médica.

Como é feita

Sob anestesia geral ou peridural, são introduzidos um manipulador uterino pela vagina e um laparoscópio pelo umbigo após insuflação de gás. Entre duas e quatro incisões adicionais recebem instrumentos cirúrgicos. O útero é separado do colo e removido pela vagina ou por uma das aberturas abdominais. Ao final, o material é retirado e as incisões são fechadas. A operação costuma durar de uma a duas horas.

Pós-operatório

A alta pode ocorrer no mesmo dia ou em até três dias. É comum dor abdominal baixa, ombro dolorido pelo gás e leve sangramento vaginal por algumas semanas. Caminhadas leves, ingestão de líquidos e dieta rica em fibras ajudam a prevenir gases e prisão de ventre.

Cuidados em casa

• Retirar curativos e tomar banho no dia seguinte, sem esfregar a região por 7 a 10 dias;
• Evitar relações sexuais vaginais por 6 a 12 semanas;
• Não levantar peso por 3 a 4 semanas e adiar direção de veículos por duas semanas;
• Exercícios leves podem retornar entre a 4ª e a 6ª semana, aumentando gradualmente.

Cicatrizes

O método deixa duas a quatro marcas de 0,5 a 1 cm no abdome e uma incisão de até 2 cm no umbigo. Caso o colo seja retirado, há cicatriz no topo da vagina.

Possíveis complicações

Hemorragia, infecção, trombose, lesões de órgãos adjacentes, hérnia na cicatriz, embolia gasosa e obstrução intestinal estão entre os riscos imediatos. A longo prazo, podem ocorrer dor nas relações, queda de órgãos pélvicos, menopausa cirúrgica e problemas urinários.

Contraindicações

O procedimento não é recomendado quando o útero é muito volumoso, há extensas aderências abdominais ou o gás insuflador não pode ser utilizado. Prolapsos pélvicos significativos também contraindicam a técnica.

Mulheres que apresentarem sangramento intenso, febre, dor acentuada, secreção com odor, vermelhidão ou dificuldade para respirar devem procurar atendimento médico imediatamente.

Com informações de Tua Saúde

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