Cirurgia de histerectomia: quando é indicada, como é realizada e quais os cuidados na recuperação

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A histerectomia — retirada total ou parcial do útero — é recomendada por ginecologistas em situações como miomas, endometriose, dor pélvica crônica, prolapso uterino e tumores malignos ou pré-malignos. O procedimento também pode ser adotado diante de sangramento uterino anormal que não responde a outras terapias.

Indicações médicas

Entre as principais razões para a cirurgia estão:

• Mioma ou prolapso uterino;
• Dor pélvica crônica;
• Endometriose e adenomiose;
• Tumor ovariano benigno ou doenças pré-malignas do útero;
• Câncer de útero, colo do útero, endométrio ou ovário;
• Doença inflamatória pélvica;
• Rotura ou perfuração uterina;
• Síndrome de congestão pélvica;
• Aborto séptico complicado, doença trofoblástica gestacional ou placenta acreta.

Tipos de histerectomia

O tipo de intervenção depende da extensão da doença:

Histerectomia total: remoção do útero e do colo do útero.
Histerectomia subtotal: retirada apenas do corpo do útero, preservando o colo.
Histerectomia radical: exclusão do útero, colo, parte superior da vagina e tecidos adjacentes, indicada em câncer avançado.

Casos graves de endometriose ou tumores podem exigir ainda a retirada das tubas uterinas e dos ovários (ooforectomia).

Preparação pré-operatória

A paciente deve esclarecer dúvidas com o médico, informar alergias, doenças e medicamentos de uso contínuo. Anticoagulantes podem ser suspensos dias antes para reduzir risco de sangramento. Jejum de cerca de oito horas, evitar álcool e tabaco e levar ao hospital todos os exames solicitados (sangue, ultrassom, ressonância ou tomografia) completam a rotina pré-cirúrgica.

Como o procedimento é realizado

A cirurgia dura, em média, uma a duas horas sob anestesia geral. As técnicas disponíveis são:

Histerectomia abdominal: corte vertical (do umbigo à pelve) ou horizontal, semelhante ao da cesariana. É escolhida quando o cirurgião precisa de ampla visualização, sobretudo em tumores. Internação aproximada: quatro dias; recuperação: cerca de seis semanas.

Histerectomia vaginal: remoção do útero por incisão na vagina. Internação de um a dois dias; convalescença de duas a três semanas. Não é indicada se o útero estiver muito aumentado.

Histerectomia laparoscópica: pequenos cortes no umbigo ou vagina recebem câmera e instrumentos. Internação de um a dois dias; recuperação em torno de duas a três semanas.

Histerectomia robótica: semelhante à laparoscópica, porém realizada com braços robóticos. Tem os mesmos tempos de internação e recuperação da técnica laparoscópica.

Recuperação

Após a alta, recomenda-se:

• Repouso, sem levantar peso ou realizar esforços por até três meses;
• Abstinência sexual por cerca de seis semanas (ou conforme orientação médica);
• Caminhadas leves em casa para melhorar a circulação e prevenir trombose.

Sangramento vaginal leve é comum nos primeiros dias. Analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos devem ser tomados nos horários prescritos.

Alterações no organismo

Sem o útero, a menstruação cessa e a mulher não pode engravidar, mas a libido tende a permanecer. Se os ovários forem preservados, continuam liberando óvulos, reabsorvidos pelo organismo. Quando há remoção ovariana, os sintomas da menopausa podem surgir precocemente.

Riscos e sinais de alerta

Hemorragia, infecção na incisão, trombose, abscesso pélvico, infecção urinária e lesões em órgãos próximos são complicações possíveis. Procure assistência imediata em caso de febre acima de 38 °C, vômito persistente, dor abdominal intensa, vermelhidão ou secreção na cicatriz, sangramento maior que o menstrual, falta de ar súbita, dor no peito ou inchaço nas pernas.

A histerectomia é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quando há indicação clínica, além de estar disponível em hospitais e clínicas particulares. O tempo total de recuperação varia, em geral, de três a oito semanas.

Com informações de Tua Saúde

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