Hanseníase: sintomas, contágio, diagnóstico e tratamento

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A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma enfermidade infecciosa provocada pela bactéria Mycobacterium leprae. O microrganismo atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, podendo provocar manchas, perda de sensibilidade e fraqueza muscular que, em alguns casos, tornam-se permanentes.

Formas de transmissão

O contágio ocorre, em geral, pela inalação de gotículas eliminadas por pessoas doentes ao tossir ou espirrar. O risco aumenta quando o contato é próximo e prolongado, especialmente entre crianças, idosos ou pessoas com sistema imunológico comprometido — por HIV, quimioterapia ou uso de imunossupressores, por exemplo.

Sinais e sintomas

Os principais indícios da doença incluem:

  • Manchas claras, castanhas ou avermelhadas na pele;
  • Diminuição ou perda da sensibilidade nas áreas afetadas;
  • Formigamento, choques ou dormência em braços e pernas;
  • Fraqueza muscular;
  • Queda de pelos, sobretudo nas sobrancelhas;
  • Menor produção de suor sobre a lesão;
  • Olhos secos ou sensação de areia;
  • Alterações no nariz e na cavidade nasal.

Quadros mais intensos podem vir acompanhados de febre, dores articulares e caroços dolorosos.

Classificação clínica

A doença é dividida em quatro apresentações principais:

  • Virchowiana: forma mais contagiosa; pele avermelhada, seca e aspecto de casca de laranja, com nódulos escurecidos e perda de sobrancelhas;
  • Tuberculoide: mais comum em crianças; surge como nódulo ou placa com bordas definidas e centro mais claro, com perda de sensibilidade local;
  • Indeterminada: também frequente em crianças menores de 10 anos; caracteriza-se por mancha clara pouco delimitada, pele seca e sensibilidade reduzida;
  • Dimorfa: tipo mais recorrente; reúne características da forma tuberculoide e manchas avermelhadas ou esbranquiçadas com bordas elevadas, além de comprometimento de nervos.

Como diagnosticar

O dermatologista avalia características das lesões e realiza testes de sensibilidade. Raspagem ou biópsia da pele podem ser solicitadas para identificar a presença da bactéria e confirmar o diagnóstico.

Tratamento

A terapia é baseada em antibióticos — dapsona, rifampicina e clofazimina — administrados de seis meses a dois anos. Cumprir todo o esquema é fundamental para evitar recaídas ou resistência bacteriana.

Possibilidade de cura

A hanseníase é curável, principalmente quando detectada precocemente e tratada conforme orientação médica. Mesmo assim, algumas sequelas, como perda de força ou sensibilidade, podem persistir.

Prevenção

A melhor estratégia para reduzir novos casos é diagnosticar e iniciar o tratamento rapidamente, pois a transmissão deixa de ocorrer após o início dos antibióticos. Medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir, também ajudam a conter a propagação.

Com informações de Tua Saúde

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