Ingerir doses muito altas de vitamina D por tempo prolongado ou apresentar doenças que estimulam a produção desse nutriente, como linfoma e distúrbios granulomatosos, pode levar ao chamado excesso de vitamina D (hipervitaminose D). A condição provoca aumento dos níveis de cálcio no sangue e desencadeia sintomas que vão de dor abdominal a fraqueza muscular.
Principais sintomas
De acordo com o material consultado, os sinais mais frequentes incluem:
- falta de apetite e náuseas;
- confusão mental e constipação;
- desidratação e sede intensa;
- fraqueza muscular;
- dor nos ossos, pressão alta e arritmias;
- formação de pedras nos rins e, em casos graves, insuficiência renal.
A desidratação decorrente do desequilíbrio de cálcio também pode provocar ressecamento, perda de elasticidade e coceira na pele.
Riscos na gravidez
Embora raro, o excesso de vitamina D durante a gestação pode resultar em hipercalcemia materna, quadro associado a dor de cabeça, cansaço extremo e pré-eclâmpsia. Para o feto, há risco de atraso no desenvolvimento, problemas cardíacos, espasmos musculares e, em situações severas, morte.
Diagnóstico
O clínico geral avalia sintomas, uso de suplementos e histórico de saúde. Para confirmar o quadro, são solicitados exames de sangue que medem vitamina D, cálcio, fosfato e hormônio da paratireoide. Níveis de 25(OH)D acima de 100 ng/mL sugerem hipervitaminose D. Ultrassonografia, tomografia e raio-X podem ser pedidos para verificar cálculos renais ou calcificações em vasos, coração e pulmões.
Causas principais
A ingestão excessiva de suplementos é o fator mais comum. Alimentos fortificados com doses elevadas também podem contribuir. Doenças como linfomas e alterações granulomatosas aumentam a produção endógena da vitamina e podem desencadear o problema.

Imagem: Internet
Tratamento
A abordagem é definida por clínico geral ou endocrinologista e inclui:
- Suspensão de suplementos de vitamina D e/ou cálcio;
- Soro fisiológico 0,9% intravenoso para hidratar e proteger os rins;
- Medicamentos em casos de hipercalcemia grave (cálcio sérico > 14 mg/dL), como calcitonina ou bifosfonatos (pamidronato, ácido zoledrônico);
- Glicocorticoides (hidrocortisona, prednisona) quando a hipervitaminose D está ligada a doenças granulomatosas;
- Hemodiálise se houver insuficiência renal ou quando os níveis de cálcio permanecem altos apesar das medidas iniciais.
Especialistas recomendam procurar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas relacionados ao excesso de vitamina D para evitar complicações.
Com informações de Tua Saúde