A doença de Lyme é uma infecção provocada pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida principalmente por carrapatos da espécie Ixodes ricinus. A picada, que muitas vezes passa despercebida, costuma gerar uma mancha avermelhada em forma de anel que pode alcançar entre 2 cm e 30 cm de diâmetro e aumentar com o passar dos dias.
Quando surgem os primeiros sinais
Os sintomas iniciais aparecem de 3 a 30 dias após a picada e incluem fadiga, febre, calafrios, dor muscular, dor articular, cefaleia e rigidez na nuca, além da característica lesão cutânea. Diante desses indícios, a recomendação é procurar um infectologista ou clínico geral para confirmar a infecção e iniciar o tratamento.
Riscos de complicações
Sem intervenção adequada, a doença pode evoluir para fases mais graves, provocando artrite — principalmente nos joelhos —, problemas neurológicos (como dormência em extremidades, paralisia facial, falhas de memória e dificuldade de concentração), meningite e alterações cardíacas que se manifestam por palpitações, falta de ar ou desmaios.
Como o diagnóstico é feito
Exames sorológicos realizados entre três e seis semanas após a picada detectam anticorpos contra a bactéria. O médico também pode solicitar hemograma e, em alguns casos, biópsia de pele (Warthin Starry) para apoiar o diagnóstico.
Mecanismo de transmissão
O carrapato precisa permanecer fixado à pele por cerca de 24 horas para transmitir a bactéria. A infestação ocorre quando o parasita se alimenta de animais como veados ou ratos já infectados e, em seguida, pica um ser humano. Profissionais que atuam em áreas rurais ou de floresta — caminhantes, campistas, agricultores, trabalhadores florestais e militares — estão entre os mais expostos.
Retirada segura do carrapato
Para remover o parasita, recomenda-se utilizar pinça de ponta fina higienizada com álcool 70%, puxando-o suavemente pela cabeça em movimento vertical. Após a extração, a pele deve ser lavada com água e sabonete neutro ou clorexidina. Partes que permaneçam presas devem ser retiradas por um profissional de saúde.
Tratamento
O protocolo terapêutico inclui:

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
• Antibióticos: doxiciclina 100 mg duas vezes ao dia por duas a quatro semanas é a opção mais comum. Em gestantes, crianças ou pessoas que não podem usar doxiciclina, prescrevem-se amoxicilina ou azitromicina pelo mesmo período. Casos graves podem exigir administração intravenosa em ambiente hospitalar.
• Anti-inflamatórios: medicamentos como ibuprofeno podem ser indicados para aliviar a inflamação articular.
• Fisioterapia: quando a doença evolui para artrite, sessões de fisioterapia ajudam a recuperar mobilidade e reduzir dor.
Com início precoce do tratamento, a doença de Lyme tem cura. A falta de intervenção ou uso incorreto de medicamentos, porém, aumenta o risco de complicações que afetam significativamente a qualidade de vida.
Com informações de Tua Saúde