A dispraxia é um distúrbio neurológico caracterizado pela dificuldade de coordenar movimentos corporais, manter equilíbrio e postura e, em alguns casos, articular a fala. O problema costuma ser notado ainda na infância, quando a criança quebra objetos ou tropeça com frequência sem razão aparente. Em adultos, o quadro pode surgir após acidente vascular cerebral (AVC) ou traumatismo craniano.
Três formas principais
Especialistas classificam a condição em três tipos, de acordo com os movimentos comprometidos:
• Motora: dificuldade para ações simples, como vestir-se, comer, andar ou escrever;
• Da fala: atraso no desenvolvimento da linguagem, fala pouco inteligível e pronúncia incorreta de palavras;
• Postural: dificuldade para sustentar a postura correta, movimentos pouco fluidos e sem ritmo.
Sintomas mais comuns
Além dos tropeços e quedas frequentes, podem ocorrer problemas para segurar objetos, falhas na escrita manual e, nos casos de dispraxia da fala, erros de articulação que tornam a comunicação difícil de entender.
Causas prováveis
A origem exata ainda não foi definida. Pesquisas apontam possível relação com alterações genéticas que retardam o desenvolvimento de células nervosas. Em adultos, lesões cerebrais — como AVC ou trauma craniano — estão entre os principais gatilhos.
Como é feito o diagnóstico
Em crianças, pediatras ou fonoaudiólogos avaliam relatos de pais e professores, já que não há teste específico. Registrarem-se comportamentos atípicos auxilia na confirmação. Nos adultos, a comparação das habilidades prévias com as adquiridas após o evento cerebral facilita a identificação.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Tratamento multidisciplinar
O atendimento requer equipe formada por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. O plano é individualizado e busca melhorar força muscular, equilíbrio, autonomia e comunicação. A participação de professores ajuda a adaptar atividades escolares e reforçar orientações.
Exercícios indicados
• Montar quebra-cabeças para estímulo visual e espacial;
• Digitar no teclado do computador, que exige coordenação, mas é menos complexo que a escrita manual;
• Apertar bola antiestrésse para fortalecer a musculatura das mãos;
• Jogar bola, atividade que trabalha coordenação e percepção de espaço.
Essas práticas complementam o trabalho clínico e podem ser realizadas em casa ou na escola.
Com informações de Tua Saúde