Mudanças na rotina, separação dos pais, transferência de escola ou o falecimento de alguém próximo podem desencadear ansiedade em crianças. Nessas situações, sinais como irritação constante e noites mal dormidas merecem atenção dos responsáveis.
Principais sintomas
- Irritabilidade e choro acima do habitual;
- Dificuldade para iniciar o sono;
- Despertar várias vezes durante a noite;
- Retorno a comportamentos regressivos, como chupar o dedo ou urinar na roupa;
- Pesadelos frequentes.
Também podem surgir falta de confiança, dificuldade de concentração e recusa em realizar atividades diárias, como frequentar a escola ou brincar com amigos. Quando esses sinais persistem por mais de uma semana, é indicado buscar orientação profissional.
Fatores que aumentam o risco
- Histórico familiar de transtornos de ansiedade;
- Traços de timidez intensa;
- Experiências estressantes, como perda de um ente querido;
- Alterações nos neurotransmissores cerebrais;
- Gênero feminino.
Ambientes familiares muito tensos podem reforçar comportamentos ansiosos, já que a criança tende a reproduzir o que observa em casa.
Quando procurar ajuda profissional
Se as preocupações não diminuem com o tempo ou não há causa aparente, a avaliação de um pediatra ou psicólogo infantil é recomendada. O especialista pode propor estratégias adequadas para controlar a ansiedade e restaurar o bem-estar.

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Como os responsáveis podem ajudar
- Não evitar os medos: afastar a criança das situações temidas pode reforçar a sensação de perigo. O ideal é conduzi-la gradualmente, sem pressão excessiva.
- Validar sentimentos: ouvir e reconhecer o medo evita que a criança sinta julgamento e favorece o diálogo.
- Encurtar o tempo de antecipação: informar sobre um compromisso (por exemplo, consulta ao dentista) somente algumas horas antes reduz o período de ansiedade prévia.
- Explorar o cenário temido: conversar sobre o que pode acontecer e elaborar um plano para o “pior caso” dá sensação de controle.
- Adicionar atividades relaxantes: contar objetos na rua, ouvir música ou praticar respiração lenta — inspirando por três segundos e expirando pelo mesmo tempo — ajuda a desviar a atenção e diminuir a tensão.
A participação ativa de pais, cuidadores e familiares é decisiva para interromper o ciclo ansioso e oferecer à criança ferramentas que reforcem sua confiança.
Com informações de Tua Saúde