Os energéticos, bebidas que combinam altas doses de cafeína e taurina, são usados para reduzir o cansaço e aumentar o estado de alerta. Embora o consumo moderado seja considerado seguro, a ingestão frequente ou em grandes quantidades está associada a uma série de efeitos adversos, entre eles insônia, dor de cabeça, hipertensão, arritmias e convulsões.
O que torna o energético estimulante
A maioria das marcas reúne cafeína, taurina, guaraná e ginseng, substâncias com ação estimulante ou ergogênica. Dependendo do fabricante, uma lata de 473 ml pode chegar a 500 mg de cafeína, enquanto versões de 1 litro podem oferecer até 400 mg. Por isso, especialistas recomendam verificar o rótulo antes do consumo.
Efeitos colaterais do uso exagerado
Segundo profissionais de saúde, o consumo excessivo pode desencadear:
- Insônia;
- Aumento da pressão arterial;
- Desidratação;
- Batimentos cardíacos irregulares;
- Ansiedade e tremores;
- Dor de cabeça e dor de estômago;
- Diarreia, vômitos e convulsões;
- Parada cardíaca em casos extremos.
Além da cafeína, muitos energéticos contêm grande quantidade de açúcar, fator que pode contribuir para ganho de peso, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e gota.
Associação com bebidas alcoólicas
Tomar energético junto com álcool aumenta o risco de consumo excessivo de bebidas alcoólicas. O estado de alerta provocado pela cafeína mascara os sinais de embriaguez, levando a pessoa a beber mais do que o habitual.
Restrições para grupos específicos
A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Academia Americana de Pediatria contraindicam o produto para crianças e adolescentes, devido a possíveis impactos no desenvolvimento do sistema nervoso e cardiovascular. Também devem evitar energéticos:
Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
- Gestantes ou mulheres que amamentam;
- Pessoas com alergia a componentes da fórmula;
- Indivíduos com insônia, ansiedade, zumbido, labirintite, refluxo, úlcera, gastrite ou doenças renais.
Gravidez e cafeína
Durante a gestação, o limite de 200 mg de cafeína ao dia não deve ser ultrapassado. Quantidades acima desse patamar podem reduzir o fluxo de sangue e nutrientes para o feto, prejudicar o desenvolvimento e aumentar o risco de aborto. Além disso, a cafeína é metabolizada mais lentamente pela gestante, favorecendo enjoos, tontura e distúrbios do sono.
Alternativas naturais
Bebidas como café, chá verde, guaraná e cacau oferecem efeito estimulante mais conhecido e podem substituir os energéticos industrializados. A raiz maca peruana também é apontada como opção para melhorar concentração e disposição.
Com informações de Tua Saúde

