Cardiologistas reforçam que o colesterol, produzido no fígado e no intestino, é indispensável para a síntese de hormônios, vitamina D e para a estrutura das membranas celulares. Entretanto, a proporção entre suas frações — HDL (“bom”) e LDL (“ruim”) — determina o impacto sobre o sistema cardiovascular.
HDL exerce função protetora
A lipoproteína de alta densidade (HDL) recolhe o excesso de colesterol dos vasos e o leva de volta ao fígado, onde é metabolizado e eliminado. Esse mecanismo, aliado a propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, reduz a formação de placas e protege contra aterosclerose, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Valores recomendados: acima de 60 mg/dL são considerados ideais; resultados superiores a 40 mg/dL já conferem proteção satisfatória.
Como aumentar: inclusão frequente de abacate, castanhas, amendoim, salmão e sardinha, além de prática regular de atividade física, favorece a elevação do HDL.
LDL em excesso oferece risco
Apesar de participar da produção hormonal e de membranas, apenas pequenas quantidades de lipoproteína de baixa densidade (LDL) são necessárias ao organismo. Concentrações altas favorecem a oxidação de partículas de gordura e a deposição de placas nas artérias, elevando o risco de eventos cardiovasculares.
Valores recomendados:
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- Até 115 mg/dL para adultos com baixo risco cardiovascular;
- Até 100 mg/dL para fumantes, hipertensos, diabéticos, pessoas com obesidade ou arritmia;
- Abaixo de 40 mg/dL para quem já sofreu infartos repetidos, implantou stents ou apresenta múltiplos fatores de risco.
Como reduzir: 150 minutos semanais de exercício, corte de frituras, refrigerantes e alimentos ricos em gordura saturada são medidas essenciais. Caso a mudança de estilo de vida não alcance as metas, o cardiologista poderá prescrever medicamentos específicos.
Avaliação periódica
O perfil lipídico é determinado por exame de sangue que mede HDL, LDL, triglicerídeos e colesterol total. A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda acompanhamento regular para detectar precocemente alterações e orientar o tratamento adequado.
Além de alimentação balanceada e atividade física, a manutenção de peso saudável e a interrupção do tabagismo completam o conjunto de medidas para controlar o colesterol e reduzir complicações futuras.
Com informações de Tua Saúde

