A colecistectomia, cirurgia para remoção da vesícula biliar, é recomendada por médicos em casos de pedra na vesícula, colecistite, pancreatite biliar, discinesia biliar, colecistite acalculosa, presença de pólipos ou câncer de vesícula.
Como a operação é realizada
O procedimento ocorre em ambiente hospitalar, sempre com anestesia geral, e pode seguir duas técnicas:
- Videolaparoscópica – pequenos cortes são feitos no abdome para introdução de uma câmera (laparoscópio) e instrumentos cirúrgicos finos. O cirurgião insufla dióxido de carbono na cavidade abdominal para criar espaço e, em seguida, remove a vesícula. Os incisões são fechadas com pontos ou clipes.
- Aberta – indicada em suspeita de câncer, inflamação grave, sangramento ou dificuldade de visualização das vias biliares. Nessa modalidade, um corte maior é realizado no lado direito do abdome para retirada do órgão.
Preparo pré-operatório
A preparação inclui avaliação clínica, exames de sangue e de imagem. O paciente deve suspender o tabagismo, interromper determinados medicamentos conforme orientação e permanecer em jejum por, no mínimo, seis horas no dia da cirurgia.
Recuperação
A plena recuperação costuma levar cerca de duas semanas na técnica videolaparoscópica e de seis a oito semanas na versão aberta. Nesse período, recomenda-se higienizar os pontos, evitar esforços e levantar peso apenas após liberação médica. Alimentação inicial pobre em gordura, rica em frutas, vegetais e grãos integrais ajuda a minimizar gases, dor abdominal e diarreia.
É comum sentir dor, náuseas, diarreia, prisão de ventre ou gases nos primeiros dias.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Riscos e sinais de alerta
Entre as complicações possíveis estão vazamento de bile, pancreatite, hérnias, lesões em órgãos próximos, hipercapnia, enfisema subcutâneo, colangite, estenose do ducto biliar e, na cirurgia aberta, perfuração do cólon. Febre, dor abdominal intensa ou crescente, secreção nos pontos, náuseas persistentes, urina escura, fezes claras, pele ou olhos amarelados e ausência de evacuação por três dias exigem avaliação imediata.
Síndrome pós-colecistectomia
A remoção aberta pode levar a sintomas duradouros, como náuseas, má digestão, refluxo, gases, diarreia, dor abdominal e icterícia. As causas incluem doenças digestivas pré-existentes, pedras retidas ou formadas após a cirurgia, alterações no trato biliar ou complicações do procedimento.
Com informações de Tua Saúde