A colecistectomia, nome técnico da cirurgia de vesícula, é indicada principalmente para remoção de cálculos biliares e requer anestesia geral. O procedimento pode ser agendado ou realizado com urgência quando o paciente apresenta cólicas intensas, dor ou sinais de inflamação e infecção, com o objetivo de evitar complicações.
Quando o procedimento é necessário
A retirada da vesícula biliar costuma ser solicitada nos seguintes casos:
- Presença de pedras na vesícula;
- Tumores nas vias biliares;
- Infecção do órgão;
- Lesões nos vasos sanguíneos que irrigam a vesícula;
- Pólipos ou alterações sugestivas de câncer.
Preparação pré-operatória
Antes da intervenção, médicos solicitam exames como hemograma, coagulograma e eletrocardiograma para avaliar o estado geral do paciente. Nas semanas que antecedem a operação, recomenda-se alimentação leve, além de evitar álcool e cigarro. No dia da cirurgia, o jejum deve ser de oito horas.
Como a cirurgia é feita
Existem duas técnicas principais:
- Convencional (cirurgia aberta): realizada por meio de um corte maior no abdômen. Deixa cicatriz mais visível e exige recuperação mais demorada.
- Laparoscópica (por vídeo): utiliza quatro pequenos furos no abdome para introdução de instrumentos e câmera, o que resulta em menor dor, cicatriz reduzida e recuperação mais rápida.
Ambas as modalidades demandam internação de um a dois dias. Em casos de abdômen muito inchado, como em colangite ou pancreatite, essa permanência pode ser maior.
Pós-operatório e tempo de repouso
Após o efeito da anestesia, é comum sentir desconforto abdominal que pode irradiar para ombro ou pescoço. Analgésicos e anti-inflamatórios, como dipirona ou cetoprofeno, costumam ser prescritos.
O paciente deve levantar-se com cuidado após 24 a 48 horas e iniciar caminhadas leves em casa. Retorno ao trabalho e a atividades cotidianas varia conforme a técnica:

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- Laparoscopia: cerca de uma semana;
- Cirurgia aberta: aproximadamente duas semanas.
Alimentação após a retirada da vesícula
Nos primeiros dias, a dieta deve ser líquida ou pastosa. Posteriormente, a alimentação volta ao normal, porém com baixo teor de gordura, evitando frituras e embutidos.
Riscos e sinais de alerta
Complicações são incomuns, mas podem incluir lesão do ducto biliar, hemorragia ou infecção. É recomendável procurar pronto-socorro se houver:
- Febre acima de 38 °C;
- Secreção de pus na ferida;
- Pele ou olhos amarelados;
- Falta de ar, vômitos ou dor que não melhora com a medicação.
A fisioterapia pode ser indicada quando o repouso ultrapassa três dias, a fim de preservar a mobilidade e prevenir complicações respiratórias.
O procedimento conta com revisão médica da Dra. Clarisse Bezerra, especialista em Saúde Familiar e integrante do Centro Hospitalar Universitário de Santo António.
Com informações de Tua Saúde