Choque séptico: queda brusca da pressão e risco de falência de órgãos exigem tratamento imediato

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O choque séptico é a forma mais grave da sepse e ocorre quando grande quantidade de toxinas microbianas circula pelo sangue, provocando queda acentuada da pressão arterial, aumento do lactato e dificuldade de oxigenação dos órgãos. A evolução rápida torna indispensável a internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e início imediato de antibióticos intravenosos.

Principais sinais de alerta

Entre os sintomas mais comuns estão febre persistente, batimentos cardíacos acelerados e pressão arterial média (PAM) igual ou inferior a 65 mmHg. A concentração de lactato, geralmente acima de 2,0 mmol/L, respiração acelerada, redução da produção de urina, confusão mental ou perda de consciência também podem ocorrer.

Como é feito o diagnóstico

Médicos avaliam sinais clínicos e solicitam exames como hemograma, eletrólitos, testes de função renal e dosagem de lactato. Medição de oxigênio no sangue e pressão arterial complementam a investigação. Hemoculturas em três amostras ajudam a identificar o microrganismo responsável.

Principais causas

Bactérias como Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa lideram os casos. Vírus (influenza H1N1, H5N1, dengue, febre amarela) e fungos do gênero Candida também podem desencadear o quadro. Pneumonia, infecção urinária, meningite, feridas cirúrgicas contaminadas e cateteres infectados são focos frequentes.

Quem corre mais risco

Permanência em UTI, uso de sondas ou cateteres, procedimentos invasivos e imunossupressão elevam as chances de choque séptico. Idosos, portadores de doenças crônicas — como diabetes, insuficiência cardíaca ou renal — e pacientes em quimioterapia, corticoides ou radioterapia compõem o grupo de maior vulnerabilidade.

Tratamento na UTI

1. Antibióticos potentes: iniciados assim que o diagnóstico é suspeito, mesmo antes do resultado da hemocultura, para acelerar o controle da infecção.

2. Reposição de líquidos: soro intravenoso em dose aproximada de 30 ml/kg para restaurar o volume circulante.

3. Vasopressores: medicamentos como noradrenalina, vasopressina, dopamina ou adrenalina mantêm a PAM acima de 65 mmHg. Dobutamina pode ser usada para aumentar a força do coração.

4. Transfusão sanguínea: indicada quando a hemoglobina fica abaixo de 7 mg/dl e há sinais de baixa perfusão.

5. Corticoides: hidrocortisona pode ser adotada em casos refratários, quando pressão não responde a hidratação e vasopressores.

6. Hemodiálise: opção para remover excesso de eletrólitos, corrigir acidose ou substituir a função renal quando há falência dos rins.

A gravidade do choque séptico exige monitorização contínua. Quanto mais cedo o tratamento é instaurado, maiores as chances de evitar falência de órgãos e reduzir a mortalidade.

Com informações de Tua Saúde

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