Choque neurogênico: condição grave exige atendimento imediato para evitar risco de morte

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São Paulo – O choque neurogênico é uma emergência médica caracterizada pela falha de comunicação entre o cérebro e o restante do corpo, provocando perda de tônus dos vasos sanguíneos, dilatação excessiva e queda brusca da pressão arterial. A redução no fluxo sanguíneo compromete a oxigenação dos órgãos, podendo levar a danos irreversíveis ou óbito se o atendimento não for iniciado rapidamente.

Principais sintomas

Entre os sinais mais frequentes estão:

• queda rápida da pressão arterial e da frequência cardíaca;

• sudorese intensa;

• tontura, desmaio ou perda de consciência;

• temperatura corporal inferior a 35,5 °C;

• coloração azulada em unhas e lábios;

• respiração acelerada e superficial;

• diminuição ou ausência de urina.

A gravidade dos sintomas varia conforme a extensão da lesão que desencadeou o quadro. Em danos na coluna, quanto mais alto o trauma, mais severas tendem a ser as manifestações.

Causas mais comuns

Lesões na medula espinhal, frequentemente decorrentes de acidentes de trânsito ou quedas, são a principal origem do choque neurogênico. Doenças como mielite transversa e síndrome de Guillain-Barré, aplicação inadequada de anestesia peridural e uso de drogas que interferem no sistema nervoso também podem precipitar o problema.

Diagnóstico por exclusão

O reconhecimento do choque neurogênico é feito após descartar outras causas de sintomas semelhantes, como choque séptico ou cardiogênico. O médico avalia sinais vitais, realiza exame físico, exames laboratoriais e métodos de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Como é o tratamento

O atendimento deve começar assim que houver suspeita, com chamada para o serviço de emergência (telefone 192) ou encaminhamento imediato ao pronto-socorro. Em geral, o cuidado prossegue em unidade de terapia intensiva (UTI), onde o paciente permanece sob monitorização contínua.

As principais medidas incluem:

Imobilização de possíveis fraturas na coluna, evitando agravamento do trauma;

• administração de soro intravenoso para repor volume e estabilizar a pressão;

• uso de atropina para elevar batimentos cardíacos quando necessário;

• infusão de epinefrina, norepinefrina, fenilefrina ou efedrina em conjunto com soro para manter a pressão arterial;

• prescrição de corticoides, como metilprednisolona, visando reduzir complicações neurológicas.

Em casos de trauma, cirurgias podem ser indicadas para corrigir lesões. A duração do tratamento varia de uma semana a vários meses, conforme a gravidade. Após estabilização, sessões de fisioterapia auxiliam na recuperação da força muscular e na adaptação às atividades diárias.

Alerta – Diante de qualquer suspeita, a orientação é buscar ajuda médica de forma imediata, pois o atraso na intervenção aumenta significativamente o risco de sequelas e morte.

Com informações de Tua Saúde

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