O câncer cervical, também conhecido como câncer de colo do útero, surge quando células do colo do útero se multiplicam de forma descontrolada, principalmente após infecção pelo vírus HPV transmitido por contato sexual. A doença costuma ser assintomática no início e, em estágios mais avançados, provoca sangramentos fora do período menstrual, corrimento com odor forte e dor abdominal inferior.
Sintomas mais comuns
Em fases avançadas, podem ocorrer:
• Sangramento após relação sexual ou fora do ciclo;
• Corrimento fétido ou com sangue;
• Dor durante a relação sexual;
• Desconforto pélvico;
• Dificuldade ou dor ao evacuar ou urinar;
• Dor lombar ou na parte inferior da barriga;
• Inchaço nas pernas;
• Cansaço intenso.
Confirmação do diagnóstico
O ginecologista avalia histórico de saúde, sintomas e realiza o exame de papanicolau. Quando necessário, são solicitadas colposcopia e biópsia cervical para análise de tecido do colo do útero.
Fatores de risco
Além da infecção por HPV, o risco aumenta com:
• Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais;
• Início precoce da vida sexual;
• Infecção por HIV;
• Múltiplas gestações;
• Obesidade;
• Tabagismo;
• Idade acima de 35 anos.
Opções de tratamento
O oncologista ginecológico define a abordagem conforme o estágio da doença:
1. Cirurgia
• Conização: remoção de pequena porção do colo do útero em lesões iniciais;
• Histerectomia total: retirada de útero e colo uterino em estágios iniciais;
• Histerectomia radical: remoção de útero, parte da vagina, tecidos adjacentes e linfonodos pélvicos em casos avançados.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
2. Radioterapia
Pode ser externa ou interna, isolada ou combinada a outras terapias. Efeitos colaterais incluem cansaço, irritação cutânea, diarreia, alterações urinárias e possível impacto na fertilidade.
3. Quimioterapia
Uso de medicamentos intravenosos ou orais para reduzir tumores antes da cirurgia, eliminar células remanescentes ou controlar doença avançada. Entre os efeitos adversos estão queda de cabelo, cansaço, náuseas e maior risco de infecções.
Prevenção
• Vacinação contra HPV disponível no SUS para pré-adolescentes de 11 a 12 anos;
• Rastreamento regular com papanicolau e teste de DNA-HPV a cada cinco anos para mulheres de 25 a 64 anos;
• Hábitos saudáveis, como não fumar, manter peso adequado e usar preservativos.
Essas medidas possibilitam identificar alterações precocemente e reduzir a incidência da doença.
Com informações de Tua Saúde