Bursite no quadril: inflamação na bursa trocantérica provoca dor e pode evoluir para quadro crônico

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A bursite no quadril é a inflamação da bursa trocantérica, pequeno saco cheio de líquido que atua como “almofada” entre o trocânter maior do fêmur e a musculatura lateral da coxa. A condição gera dor na parte lateral do quadril, desconforto que se intensifica ao subir escadas, levantar-se, deitar-se de lado ou permanecer muito tempo em pé.

Principais sintomas

Manifestação clínica mais comum: dor gradual que piora com o tempo. O problema também pode provocar:

  • sensibilidade ao toque e inchaço na lateral do quadril;
  • irradiação da dor para coxa, glúteo ou joelho;
  • agravamento do desconforto ao levantar de cadeiras ou subir degraus.

Especialistas recomendam procurar um ortopedista assim que os sintomas aparecem, pois a não intervenção pode tornar a bursite crônica e dificultar o controle da dor.

Como o diagnóstico é confirmado

O médico avalia queixas, histórico de atividades físicas e possíveis traumas, além de realizar exame físico para checar sensibilidade e força muscular. Raios X, ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser solicitados para confirmar a inflamação da bursa.

Fatores de risco e causas

A bursite resulta de irritação na bursa trocantérica. Entre os fatores que favorecem o processo inflamatório estão:

  • exercícios de impacto ou repetitivos, como corrida e ciclismo;
  • fraqueza ou uso excessivo da musculatura glútea;
  • quedas ou pancadas no quadril;
  • escoliose, esporão ósseo, diferença no comprimento das pernas;
  • doenças inflamatórias (artrite reumatoide, gota) e artrose no joelho;
  • cirurgias prévias ou prótese de quadril;
  • entorses de tornozelo e infecção por Staphylococcus aureus;
  • sedentarismo ou longo período acamado, que aumenta a pressão sobre o trocânter maior.

Opções de tratamento

O ortopedista define a conduta, que costuma incluir:

  • repouso e suspensão temporária de atividades de impacto;
  • compressas frias de 5 a 20 minutos, duas a três vezes ao dia;
  • anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno ou naproxeno;
  • injeção de corticoide diretamente na articulação em casos persistentes;
  • fisioterapia com alongamento e fortalecimento muscular;
  • cirurgia para remoção da bursa ou reparo de tendões quando há falha do tratamento conservador.

Exercícios indicados

Com orientação profissional, o paciente pode realizar, de quatro a cinco vezes por semana, atividades voltadas ao fortalecimento dos glúteos e demais músculos do quadril, como:

  1. Ponte: deitado de costas, elevar o quadril até alinhar joelhos e ombros, mantendo a contração de abdômen e glúteos.
  2. Elevação lateral da perna: deitado de lado, levantar a perna superior o máximo possível e retornar.
  3. Círculos com a perna: ainda deitado, erguer a perna reta e desenhar pequenos círculos no ar.
  4. Elevação alternada em pé: com apoio de cadeira, subir uma perna dobrada de cada vez.

A combinação de fisioterapia, medicação e adaptação de atividades costuma promover alívio significativo da dor e prevenção de novos episódios.

Com informações de Tua Saúde

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