Nutricionistas recomendam uma dieta equilibrada, com ênfase em frutas, legumes, hortaliças, peixes gordurosos e cereais integrais, para auxiliar no controle das inflamações provocadas pelo lúpus eritematoso sistêmico. Esses alimentos fornecem fibras, vitaminas A e D, além de ômega-3, nutrientes com ação antioxidante e anti-inflamatória que também contribuem para a proteção do coração e dos ossos.
Especialistas alertam que não existe um plano alimentar exclusivo para quem tem lúpus. Por isso, a orientação é buscar acompanhamento individualizado com um nutricionista, que deve ajustar quantidades e combinações conforme as necessidades de cada pessoa.
Alimentos recomendados
Entre os itens que devem aparecer com mais frequência no prato estão:
- cereais integrais, como arroz e pão integrais, aveia, quinoa e milho;
- frutas vermelhas (morango, amora, uva, romã, melancia e cereja) e outras frutas frescas, como laranja, kiwi, mamão e acerola;
- legumes e verduras variados, a exemplo de tomate, rúcula, brócolis, espinafre, cebola e quiabo;
- fontes de ômega-3, como salmão, sardinha, linhaça, nozes e castanha-do-pará;
- proteínas magras, entre elas frango, peru, ovos e tofu;
- leguminosas, como feijão, lentilha, soja e grão-de-bico;
- ervas e especiarias naturais, incluindo manjericão, coentro, cúrcuma, cominho e pimenta;
- laticínios com baixo teor de gordura, como leite desnatado, iogurte light, ricota e cottage;
- chás sem açúcar, como verde, hortelã, gengibre e erva-cidreira.
Alimentos fermentados, como iogurte natural, kefir e kombucha, também são indicados por favorecer a flora intestinal e, consequentemente, o sistema imunológico.
Itens que merecem restrição
Pacientes devem evitar ou reduzir o consumo de:
- açúcares e doces em geral, incluindo geléias, bolos, sorvetes e refrigerantes;
- carboidratos refinados, como pães e massas comuns;
- gorduras saturadas e colesterol elevados, presentes em carnes vermelhas, embutidos, frituras e laticínios integrais;
- produtos ultraprocessados, como macarrão instantâneo, temperos prontos e cereais matinais açucarados;
- bebidas alcoólicas.
Broto de alfafa e feijão-mungo devem ser descartados do cardápio porque contêm grandes quantidades de L-canavanina, aminoácido associado ao agravamento de sintomas da doença.
Exemplo de cardápio de três dias
A seguir, um modelo sugerido pelos profissionais de saúde:
Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
- Dia 1 – Café da manhã: suco de acerola com gengibre e pão integral com cottage; Almoço: arroz integral, feijão, frango com quiabo e salada verde; Jantar: creme de abóbora, alho-poró e cebola, acompanhado de pão integral.
- Dia 2 – Café da manhã: chá de hortelã sem açúcar, tapioca com sementes e ricota, morangos; Almoço: macarrão integral ao molho de tomate, tofu grelhado e legumes assados; Jantar: sopa de couve-flor, batata, cenoura e abobrinha temperada com cúrcuma.
- Dia 3 – Café da manhã: chá de gengibre, pão francês integral com queijo Minas e pera; Almoço: arroz integral, salmão assado, feijão-fradinho e salada de repolho com cenoura; Jantar: macarrão de abobrinha com peito de frango grelhado e salada simples.
As quantidades devem ser ajustadas por um profissional conforme o estado clínico e o gasto energético de cada paciente.
Suplementos
Quando exames indicam carências nutricionais, médicos ou nutricionistas podem prescrever suplementos de cálcio, vitamina D ou ômega-3. Doses e tempo de uso variam conforme avaliação individual.
O acompanhamento regular com equipe multidisciplinar é considerado essencial para adequar a alimentação e melhorar a qualidade de vida de quem convive com lúpus.
Com informações de Tua Saúde

