Brasília — A alergia é uma resposta inflamatória provocada pelo sistema imunológico quando identifica substâncias comuns, como pólen, ácaros, alimentos, medicamentos ou pelos de animais, como ameaças. A reação pode atingir pele, vias aéreas, olhos e sistema digestivo, com intensidade que vai de desconforto moderado a anafilaxia, quadro potencialmente fatal.
Principais sinais de alerta
Entre os sintomas mais frequentes estão coceira em pele, nariz, olhos ou garganta, manchas avermelhadas, inchaço, lacrimejamento, tosse, coriza, espirros, diarreia e, em casos graves, dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada e desmaio.
Seis grupos de alergia
Pele: inclui dermatite de contato (exposição a cosméticos, produtos de limpeza ou metais), dermatite atópica, alergia ao suor, ao calor e reações a insetos, látex, água ou absorventes.
Emocional: crises desencadeadas ou agravadas por estresse e ansiedade, com liberação de cortisol que intensifica a reação cutânea.
Alimentar: respostas a proteínas do leite de vaca, camarão, amendoim, ovo e outros alimentos, causando lesões na pele, distúrbios gastrointestinais e obstrução nasal.
Medicamentos: reação exagerada a fármacos, com coceira, olhos vermelhos, inchaço facial, tontura ou desmaio.
Respiratória: rinite, sinusite e sensibilidade a pelos de cães e gatos devido a poeira, pólen, ácaros ou fungos, gerando secreção nasal, espirros e tosse seca.
Ocular: vermelhidão, ardor, coceira e fotofobia, geralmente ligados a maquiagem vencida, poeira, fumaça de cigarro ou perfumes fortes.
Alergia em bebês
Nos primeiros meses de vida, as reações podem resultar de picadas de inseto, tecidos, produtos de higiene ou alimentos como leite, ovo, trigo, soja, nozes e frutos do mar. Os sinais típicos são bolinhas vermelhas, coriza, diarreia e inchaço nos lábios ou rosto.
Diagnóstico
O alergologista ou imunologista avalia histórico clínico e sintomas e pode solicitar testes cutâneos (Prick test), exames de sangue, função pulmonar ou radiografias dos seios da face e pulmões.
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Opções de tratamento
Pomadas e cremes — Corticoides (hidrocortisona, mometasona), anti-histamínicos tópicos ou imunossupressores (pimecrolimo, tacrolimo) aliviam coceira, vermelhidão e inchaço.
Medicamentos orais — Anti-histamínicos (loratadina, cetirizina, bilastina, hidroxizina) controlam sintomas na pele, sistema respiratório ou olhos. Corticoides sistêmicos (prednisolona, betametasona) são reservados a quadros graves. Anti-inflamatórios, descongestionantes (fenilefrina, pseudoefedrina) e antitérmicos podem ser usados de acordo com a necessidade.
Descongestionantes nasais — Gotas ou sprays com oximetazolina, nafazolina ou fenilefrina desobstruem o nariz, mas o uso prolongado (mais de três dias) pode provocar efeito rebote.
Imunoterapia — “Vacina” com doses crescentes do alérgeno para reduzir a sensibilidade em casos de rinite, asma, eczema, alergia a picadas de insetos ou látex.
Emergência — Na anafilaxia, o tratamento imediato inclui injeção intramuscular de adrenalina, anti-histamínicos, corticoides intravenosos e suporte de oxigênio.
Complicação mais grave
A anafilaxia pode ocorrer poucos minutos após o contato com o alérgeno, causando edema de lábios, língua e glote, queda de pressão e choque. A falta de atendimento rápido pode levar à morte.
Com informações de Tua Saúde

