A ablação é um procedimento médico que remove ou destrói tecidos responsáveis por doenças como arritmias cardíacas, alguns tipos de câncer e sangramento menstrual excessivo. A técnica pode ser realizada em consultório ou hospital, sob anestesia local ou geral, e utiliza energia térmica, fria ou de ondas para atingir o alvo.
Quando a ablação é indicada
Médicos recorrem ao método para tratar:
- Arritmias, incluindo fibrilação atrial, taquiarritmia e bradiarritmia;
- Câncer de fígado, pulmão, rins e outros órgãos;
- Varizes;
- Sangramento menstrual intenso.
Principais tipos
Ablação cardíaca – recomendada quando medicamentos não controlam batimentos irregulares. O procedimento elimina áreas do coração que geram pulsações anormais, permitindo que o ritmo volte ao normal.
Ablação de tumores – destrói células cancerígenas em órgãos como fígado, pulmão e rins. Pode ser feita por radiofrequência ou crioablação, a depender do caso.
Ablação endometrial – indicada para reduzir ou interromper o fluxo menstrual excessivo. O revestimento interno do útero é cauterizado ou removido.
Como o paciente deve se preparar
Se o procedimento exigir anestesia geral, é necessário jejum de 4 a 8 horas. O paciente deve informar todos os medicamentos em uso, pois alguns poderão ser suspensos temporariamente.
Métodos empregados
- Radiofrequência – calor gerado por ondas elétricas remove o tecido;
- Crioablação – nitrogênio líquido ou argônio extremamente frio congela a área-alvo;
- Ablação térmica por balão – balão inflado com líquido quente ou frio destrói a região comprometida;
- Laser – energia luminosa aquece e cauteriza o tecido;
- Micro-ondas – gera calor interno para destruir células;
- Ultrassom focalizado – ondas sonoras aquecem o local sem necessidade de cateter.
O médico introduz uma sonda por pequeno corte na pele, navegando por veias ou artérias até o ponto a ser tratado. A duração varia conforme a técnica e o alvo.
Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Pós-procedimento e recuperação
O tempo de recuperação pode ser de horas a semanas. Após ablação por cateter, o paciente costuma permanecer deitado em observação por algumas horas. Nos dias seguintes, deve evitar dirigir, esforço físico e levantamento de peso. Fadiga leve é comum. Mulheres submetidas à ablação endometrial podem ter sangramento ou corrimento por até quatro semanas.
Riscos possíveis
- Sangramento e hematomas no local de inserção do cateter;
- Infecção;
- Dano vascular;
- Náusea, vômito e mal-estar;
- Hemorragia;
- Acidente vascular cerebral ou infarto.
Alguns métodos podem provocar embolia, perfuração de órgãos, doença inflamatória pélvica, obstrução intestinal ou incontinência urinária.
Contraindicações
A ablação por radiofrequência não é indicada para tumores hepáticos com células dentro dos vasos sanguíneos ou próximos ao canal biliar principal. A versão endometrial é contraindicada para mulheres grávidas, com desejo de gestação, hiperplasia endometrial, câncer cervical ou uterino, infecções pélvicas, cirurgias uterinas transmiometriais prévias ou malformações do útero.
No tratamento de varizes por radiofrequência, o procedimento não deve ser feito em casos de trombose venosa profunda extensa na mesma perna, trombose superficial ativa na veia a ser tratada, intervenções prévias no mesmo vaso ou gestação.
Com informações de Tua Saúde

