A ablação cardíaca, também conhecida como ablação por cateter, é um método minimamente invasivo utilizado para tratar arritmias ao criar pequenas cicatrizes no coração que interrompem sinais elétricos irregulares e restabelecem o ritmo normal.
Como o procedimento é feito
Realizada em ambiente hospitalar por um cardiologista eletrofisiologista, a técnica exige sedação consciente e anestesia local. Um ou mais cateteres flexíveis são introduzidos por veia ou artéria — normalmente na virilha — e guiados por imagem de raios-X até o coração. A aplicação de calor, frio ou pulsos elétricos gera cicatrizes controladas, bloqueando os impulsos anormais. O procedimento dura de duas a quatro horas; após observação, o paciente pode receber alta no mesmo dia ou permanecer uma noite no hospital.
Indicações principais
A ablação é indicada quando medicamentos não controlam a arritmia, causam efeitos colaterais intensos ou quando há risco elevado de complicações graves. Pode ser adotada como primeira escolha em taquicardia supraventricular e na síndrome de Wolff-Parkinson-White, além de ser opção para fibrilação atrial, flutter atrial e taquicardia ventricular.
Tipos de ablação
Radiofrequência: utiliza calor para formar cicatrizes; a versão de alta potência e curta duração aumenta precisão e rapidez.
Crioablação: congela o tecido-alvo, oferecendo maior segurança a estruturas próximas.
Campo pulsado: aplica rajadas curtas de energia elétrica não térmica, afetando apenas o tecido-alvo e reduzindo risco de lesões adjacentes.
Preparo antes do procedimento
O paciente deve seguir as orientações médicas sobre uso ou suspensão de anticoagulantes, manter jejum de seis a oito horas e informar qualquer doença ou sintoma recente. No dia da intervenção, recomenda-se vestir roupas confortáveis, retirar acessórios e estar acompanhado, devido à sedação.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Cuidados após a ablação
Durante pelo menos uma semana, deve-se evitar levantar peso ou praticar exercícios intensos. Atividades leves podem ser retomadas conforme orientação profissional. O retorno a direção de veículos e a exercícios mais exigentes depende de liberação médica. É fundamental seguir a medicação prescrita, incluindo anticoagulantes, e comparecer às consultas de acompanhamento.
Possíveis riscos
Embora considerada de baixo risco, a ablação pode provocar sangramento, infecção ou hematoma no local de inserção do cateter. Podem ocorrer arritmias temporárias, exigindo, em alguns casos, novo procedimento. Complicações graves incluem coágulos, acidente vascular cerebral, infarto, tamponamento cardíaco, necessidade de marcapasso, novas arritmias, estreitamento de veias pulmonares, lesões nervosas ou fístula átrio-esofágica.
O conteúdo foi atualizado pela última vez em 3 de outubro de 2025.
Com informações de Tua Saúde