O letrozol é indicado para o tratamento do câncer de mama receptor de estrogênio positivo em mulheres na pós-menopausa. O fármaco inibe a enzima aromatase, responsável pela conversão de hormônios em estrogênio no tecido adiposo, diminuindo a concentração desse hormônio e, consequentemente, a multiplicação das células tumorais.
Indicação e apresentações
O medicamento pode ser prescrito para doenças em estágio inicial ou avançado, bem como antes da cirurgia de tumores localmente avançados, a fim de reduzir o tamanho da lesão e permitir intervenções menos extensas. Disponível em comprimidos de 2,5 mg, o letrozol é comercializado como genérico ou pelos nomes comerciais Femara, Sabine e Ivevi. Planos de saúde podem fornecer o produto mediante prescrição oncológica.
Como tomar
A dose usual é de um comprimido de 2,5 mg por via oral, uma vez ao dia, no mesmo horário, com auxílio de água. O tratamento costuma durar cerca de cinco anos; quando usado antes da cirurgia, varia de quatro a oito meses. O comprimido deve ser ingerido inteiro, sem partir, mastigar ou triturar.
Em caso de esquecimento, recomenda-se tomar a dose assim que possível. Se o horário da próxima administração estiver próximo, a dose perdida deve ser descartada sem compensação com comprimidos adicionais.
Uso fora da bula na fertilidade
Embora não tenha registro na Anvisa para indução de ovulação, o letrozol é utilizado em protocolos de fertilidade porque a redução do estrogênio aumenta a liberação de FSH e LH, hormônios que estimulam a ovulação.

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Efeitos colaterais mais comuns
Ondas de calor, vermelhidão no rosto ou tórax, suor excessivo, fadiga e dores articulares figuram entre as reações mais relatadas. Também podem ocorrer aumento do colesterol, náuseas, vômitos, constipação, diarreia, dor abdominal, alteração do apetite, cefaleia, tontura, vertigem, palpitações e hipertensão. Queda de cabelo, pele seca, sangramento vaginal, dores musculares, inchaço, osteoporose e fraturas ósseas estão descritas.
Contraindicações
O medicamento não deve ser usado por crianças, adolescentes, homens, gestantes, lactantes ou mulheres que ainda não atingiram a pós-menopausa. Pacientes com insuficiência hepática ou renal precisam de avaliação médica rigorosa. Quem apresenta alergia ao letrozol ou a qualquer componente da fórmula também deve evitá-lo. Mulheres em idade fértil que utilizarem o fármaco devem adotar método contraceptivo eficaz durante o tratamento e por até três meses após a última dose, pois o remédio pode causar aborto espontâneo ou malformações fetais.
Com informações de Tua Saúde