Reconstrução mamária: cirurgia reparadora após mastectomia tem opções com implante, expansor ou tecido autólogo

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A reconstrução mamária é uma intervenção plástica indicada a mulheres que tiveram uma ou ambas as mamas removidas em razão do câncer de mama ou como medida preventiva. O procedimento pode ser realizado no mesmo momento da mastectomia ou em data posterior, conforme o estágio da doença, a necessidade de radioterapia e as condições clínicas da paciente.

Quem pode fazer e quando

A operação é recomendada a qualquer mulher que deseje restaurar a forma da mama após a retirada do tecido mamário. A escolha entre reconstrução imediata ou tardia leva em conta tratamentos adicionais, sobretudo a radioterapia, que pode atrasar a cicatrização e elevar o risco de complicações. Caso não seja possível operar de imediato, a paciente pode recorrer temporariamente a sutiãs com enchimento.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a reconstrução sem custo, mas a espera tende a ser mais longa quando a cirurgia não é feita junto com a mastectomia.

Preparação para a cirurgia

Antes da reconstrução, o cirurgião plástico:

  • discute com a paciente o momento ideal da operação e as técnicas possíveis;
  • esclarece expectativas, resultados e cuidados no pós-operatório;
  • avalia medicamentos em uso, solicitando a suspensão de anticoagulantes se necessário;
  • indica jejum absoluto de, no mínimo, oito horas;
  • pede exames laboratoriais e de risco cirúrgico para checar o estado geral de saúde.

Como o procedimento é feito

A cirurgia ocorre em hospital, sob anestesia geral. Quando realizada simultaneamente à mastectomia, o tempo de sala aumenta, pois a retirada e a reconstrução acontecem na mesma etapa. Já a reconstrução tardia é marcada após o término do tratamento oncológico ou quando a mulher se sente pronta.

Ao final, costuma-se posicionar um dreno por alguns dias e a permanência hospitalar gira em torno de uma semana para observação da cicatrização.

Cuidados pós-operatórios

Gazes, fitas cirúrgicas, bandagens ou sutiã especial são usados para conter o inchaço e sustentar a nova mama. O dreno remove excesso de sangue ou líquidos, reduzindo risco de infecção. Medicamentos prescritos incluem analgésicos e antibióticos. A recuperação pode levar semanas, com redução gradual do edema; a sensibilidade da mama e a presença de cicatrizes tendem a ser diferentes da mama original.

Técnicas de reconstrução

Três métodos principais estão disponíveis:

  1. Expansor de tecido – balão de silicone vazio inserido sob o músculo peitoral ou a pele. É inflado gradualmente com solução salina ao longo de semanas ou meses para alongar o tecido e, depois, receber um implante definitivo. Indicado, sobretudo, para mulheres magras submetidas à mastectomia bilateral ou unilateral com pouca flacidez na outra mama.
  2. Implante de silicone – prótese colocada sob a pele ou o músculo, no mesmo ato da mastectomia ou após a fase de expansão. A cirurgia é mais curta e a recuperação, normalmente mais rápida.
  3. Reconstrução autóloga – utilização de retalho de tecido retirado de outra parte do corpo, geralmente abdômen, pernas, costas ou nádegas, para formar a nova mama. É procedimento mais complexo, porém oferece resultado permanente e aparência mais natural.

Vantagens e desvantagens

Implantes proporcionam operação rápida, cicatrizes menores e recuperação menos dolorosa, mas exigem troca futura e podem se deslocar. Retalhos autólogos demandam cirurgia longa, recuperação mais lenta e doação de tecido suficiente, porém não necessitam substituições e apresentam menor risco a longo prazo.

Com a variedade de técnicas disponíveis, a decisão final deve considerar histórico clínico, características corporais e preferência da paciente, sempre em consenso com o cirurgião plástico.

Com informações de Tua Saúde

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