A ingestão de peixe cru ou mal-cozido pode levar à anisaquíase, infecção provocada pela larva Anisakis sp., presente em crustáceos, lulas e diversos tipos de peixe. O problema é mais frequente em países e regiões onde pratos como sushi e sashimi fazem parte do cardápio cotidiano.
Principais sinais de alerta
Os primeiros sintomas costumam aparecer poucas horas depois da refeição contaminada. Entre eles estão:
• dor abdominal intensa;
• náuseas e vômitos;
• distensão da barriga;
• diarreia, às vezes com sangue;
• febre persistente inferior a 39 °C.
Em certos casos, surgem manifestações alérgicas como coceira, vermelhidão na pele, inchaço facial ou dificuldade para respirar.
Como é feito o diagnóstico
O médico levanta a suspeita a partir do relato de consumo de alimento cru e da avaliação clínica. A confirmação, porém, depende de endoscopia digestiva, exame que permite visualizar a larva no estômago ou no início do intestino.
Tratamento
Quando o parasita é localizado durante a endoscopia, ele pode ser removido na mesma hora com pinças apropriadas. Caso as larvas já tenham migrado para o intestino ou não possam ser alcançadas, o paciente recebe albendazol por três a cinco dias. Quadros que não melhoram podem exigir cirurgia para retirada das larvas. Em algumas situações, o organismo expulsa os parasitas espontaneamente.
Ciclo de vida do parasita
O Anisakis sp. inicia seu ciclo em mamíferos marinhos, como baleias e leões-marinhos, que liberam ovos nas fezes. As larvas formadas são ingeridas por crustáceos, depois por lulas e peixes — onde permanecem vivas. Quando o pescado cru chega ao prato, as larvas podem se alojar no trato digestivo humano.

Imagem: Internet
Prevenção
Cozinhar peixe e lula a temperaturas superiores a 65 °C elimina o risco. Se o consumo cru for inevitável, especialistas recomendam congelamento em uma das seguintes condições:
• –20 °C por até sete dias;
• –35 °C por, no máximo, 15 horas;
• –35 °C e armazenamento subsequente a –20 °C por até 25 horas.
Salmão, bacalhau, arenque, cavala, alabote, anchova e lula são as espécies mais associadas à contaminação. A larva mede cerca de 1 cm e pode ser vista a olho nu, razão pela qual especialistas recomendam observar cuidadosamente as peças de sushi antes de consumi-las.
Com informações de Tua Saúde