Isquemia cardíaca exige ação rápida para evitar infarto, alerta cardiologia

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A diminuição do fluxo de sangue rico em oxigênio que chega ao músculo cardíaco, quadro conhecido como isquemia cardíaca ou doença arterial coronariana, pode evoluir para infarto ou arritmias graves caso não seja tratada prontamente. Dor ou queimação no peito, pressão torácica, palpitações e falta de ar estão entre os principais sinais de alerta, segundo especialistas.

Sintomas mais comuns

O problema pode provocar:

  • Dor ou queimação no peito com possível irradiação para nuca, queixo, ombros ou braços;
  • Palpitações;
  • Falta de ar;
  • Náusea, mal-estar geral e suor frio;
  • Palidez.

Em alguns casos não há sintomas; a doença só é identificada em exames de rotina ou após um evento cardíaco.

Quando procurar atendimento

Qualquer manifestação sugestiva de isquemia cardíaca deve levar o paciente ao pronto-socorro ou motivar a ligação imediata para o SAMU (192).

Diagnóstico

O cardiologista avalia sintomas, histórico clínico, exames físicos, laboratoriais e de imagem. Podem ser solicitados colesterol, triglicerídeos, glicemia e enzimas cardíacas, além de eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma, cintilografia do miocárdio ou cateterismo.

Principais causas e fatores de risco

Entre as causas diretas estão aterosclerose, espasmos ou embolia nas artérias coronárias, traumas cardíacos e estenose aórtica. Doenças como lúpus, diabetes, sífilis, apneia obstrutiva do sono, hipertireoidismo severo e uso de cocaína ou anfetaminas também podem desencadear o problema.

Colesterol elevado, hipertensão não controlada, sedentarismo, tabagismo, obesidade e gordura visceral aumentam o risco.

Classificação da isquemia

  • Angina estável – dor surge com esforço ou estresse e melhora em repouso;
  • Angina instável – dor pode ocorrer a qualquer momento, dura mais de 20 minutos e não cede com descanso;
  • Infarto agudo do miocárdio – pode ser precedido por angina ou ocorrer subitamente, com dor intensa e contínua;
  • Isquemia silenciosa – redução de fluxo sem sintomas, detectada em exames de rotina.

Tratamento

A terapia é definida pelo cardiologista e inclui:

  • Medicamentos: antiagregantes (ácido acetilsalicílico), nitratos (nitroglicerina), betabloqueadores (atenolol, bisoprolol, metoprolol, nebivolol), bloqueadores de canais de cálcio (verapamil, diltiazem), estatinas (sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina), vasodilatadores (isossorbida) e ranolazina em casos de angina crônica;
  • Mudanças no estilo de vida: alimentação balanceada, prática de atividade física, controle de colesterol, pressão arterial e diabetes, além de evitar álcool em excesso, tabaco e estresse;
  • Procedimentos cirúrgicos: angioplastia com ou sem stent ou cirurgia de revascularização (ponte de safena) nos quadros mais graves.

Possíveis complicações

Sem tratamento adequado, a isquemia pode levar a infarto agudo do miocárdio, arritmias ou insuficiência cardíaca.

Prognóstico

Não há cura definitiva, mas a combinação de medicamentos, ajuste do estilo de vida e, quando necessário, cirurgia, controla sintomas e reduz o risco de eventos fatais.

O conteúdo técnico foi revisado pelo cardiologista Dr. Andre Feldman, coordenador da Cardiologia da Rede D’Or São Luiz em São Paulo (CRM 115903-SP).

Com informações de Tua Saúde

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