Estenose aórtica: saiba reconhecer sinais, entender causas e conhecer as alternativas de tratamento

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São Paulo – A estenose aórtica é o estreitamento da válvula que liga o coração à aorta, impedindo a saída adequada de sangue para o resto do corpo. O problema, mais comum em idosos, gera falta de ar, dor no peito e palpitações e pode exigir desde acompanhamento clínico até cirurgia de substituição valvar, conforme a gravidade.

Principais sintomas

Entre as manifestações mais frequentes estão fadiga ao esforço, palpitações, dor torácica, dificuldade para respirar e episódios de desmaio ou tontura. Em estágios avançados, podem surgir sinais de insuficiência cardíaca, como cansaço extremo, inchaço nos tornozelos e tosse com presença de sangue.

Classificação por gravidade

Estenose leve: estreitamento discreto, geralmente assintomático.

Estenose moderada: válvula mais estreita, com cansaço ou falta de ar em atividades rotineiras.

Estenose grave: obstrução importante, provocando dor no peito, falta de ar intensa e desmaios.

Como é feito o diagnóstico

O cardiologista identifica sopros durante a ausculta, avalia pulso e pressão arterial e confirma o quadro com ecocardiograma, que mostra o fluxo sanguíneo e o grau de estreitamento. Exames complementares incluem eletrocardiograma, teste de esforço, raio-X de tórax, tomografia e, em situações específicas, cateterismo cardíaco.

Causas e fatores de risco

O envelhecimento é a principal causa, mas malformações congênitas, febre reumática não tratada, doenças autoimunes, insuficiência renal, doença de Paget e colesterol alto hereditário também podem levar ao problema. Pressão alta, diabetes, tabagismo e histórico familiar aceleram o desgaste valvar.

Opções de tratamento

Acompanhamento: indicado para casos leves ou assintomáticos, com ecocardiogramas periódicos e restrição a atividades físicas intensas.

Medicamentos: diuréticos, anticoagulantes e drogas para arritmia aliviam sintomas, mas não impedem a progressão da doença.

Cirurgia de troca valvar: procedimento padrão de peito aberto remove a válvula comprometida e implanta uma nova, mecânica (mais durável, exige anticoagulação contínua) ou biológica (dura de 10 a 20 anos, geralmente sem anticoagulantes).

TAVI/TAVR: implante por cateter introduzido pela artéria femoral ou próximo ao coração, recomendado a pacientes com alto risco cirúrgico.

Valvuloplastia com balão: método minimamente invasivo que dilata temporariamente a válvula, com alívio curto dos sintomas.

Pós-operatório

A recuperação de cirurgias abertas leva algumas semanas e exige internação prolongada e monitoramento de complicações. Procedimentos por cateter ou balão costumam permitir alta em 24 horas e retorno rápido às atividades, embora necessitem vigilância para hemorragias, infecções, coágulos e mau funcionamento da válvula implantada.

Pacientes e médicos definem a estratégia terapêutica considerando idade, sintomas, comorbidades e capacidade de enfrentar cirurgia.

Com informações de Tua Saúde

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